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Ministério da Justiça recebeu mulher de líder do Comando Vermelho em Brasília

Luciane Barbosa Farias esteve em audiências com dois secretários e dois diretores da pasta de Dino num período de três meses

Por Da Redação
Ás

Ministério da Justiça recebeu mulher de líder do Comando Vermelho em Brasília

Foto: Reprodução/Redes sociais

A mulher de um líder do Comando Vermelho (CV) participou de reuniões com secretários do Ministério da Justiça. Conhecida como “dama do tráfico amazonense”, Luciane Barbosa Farias esteve em audiências com dois secretários e dois diretores da pasta de Dino num período de três meses. O nome dela não consta das agendas oficiais.

O Ministério da Justiça reconhece que Luciane foi recebida por secretários do ministro Flávio Dino, mas afirma que ela fazia parte de uma comitiva e que não era possível detectar antecipadamente a presença dela pelo setor de inteligência.

Nas redes sociais, Luciane compartilhou várias fotos e vídeos em Brasília. Ela já esteve no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), na Câmara dos Deputados e em encontro com políticos.

Luciane também esteve no Ministério da Justiça como presidente da ILA (Associação Instituto Liberdade do Amazonas). A Polícia Civil do AM diz que a ONG atua em prol dos presos ligados ao Comando Vermelho e é financiada com dinheiro do tráfico.

Em 19 de março, Luciane teve uma reunião com Elias Vaz, secretário nacional de Assuntos Legislativos. Em 2 de maio, ela se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais.

Primeira-dama do crime

A mulher é casada com Clemilson dos Santos Farias, também conhecido como Tio Patinhas. Atualmente, ele cumpre pena de 31 anos no presídio de Tefé (AM). No estado, o criminoso é conhecido pela sua crueldade contra rivais e devedores.

Luciene também já foi condenada, em dezembro do ano passado, por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. A sua sentença foi de 10 anos de reclusão, mas conseguiu recorrer em liberdade.

Segundo o Ministério Público, Luciane atuou como braço financeiro da operação do marido e conquistou a confiança da cúpula do Comando Vermelho. "Exercia papel fundamental também na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando 'empresas laranjas'", diz o MP.

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