PSBD adia anúncio de candidato à Presidência nas eleições de outubro
João Doria e outros candidatos ao posto se reúnem nesta quarta para debater impasse
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Após mais uma rodada de reuniões nesta terça-feira (17), o PSDB anunciou o adiamento do lançamento da candidatura do pré-candidato pelo partido à 3ª via da Presidência da República.
O anúncio estava previsto para acontecer nesta quarta-feira (18), junto ao MDB e Cidadania. A decisão contou com o apoio do grupo de João Doria, nome que havia sido escolhido previamente para ocupar a posição, além de Aécio Neves.
Na decisão, ficou determinado que o ex-governador de São Paulo deverá se reunir com os candidatos do partido para compartilhar as dificuldades possíveis caso seja feita a manutenção da sua candidatura. O encontro deve acontecer na manhã desta quarta-feira (18).
“Sugeri uma reunião para que o candidato João Doria ouça do seus companheiros o que nós ouvimos aqui: que a sua candidatura traz prejuízos ao partido em vários Estados”, afirmou Aécio.
Além disso, o PSBD determinou também que a executiva nacional será a instância superior para definir o candidato a presidente e as alianças do mesmo.
Na reunião, a carta em que Doria discordava e acusava de "tentativa de golpe" a contratação de uma pesquisa, foi considerada como um “erro político e jurídico”, por se tratar de uma "imposição".
“A convenção é a instância máxima da decisão de candidatura. Não procede que só ratifica as prévias”, afirmou Carlos Sampaio, do partido.
No encontro, o senador Tasso Jereissati afirmou que não considera fundamental que o partido lance um candidato próprio para via que deve enfrentar os maiores nomes em intenção de votos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
"Em uma aliança, você tem que saber ceder. Defendo o candidato único de 3 via”, afirmou o senador. Aécio Neves, no entanto, discordou da afirmação.