Victor Godoy assume interinamente o Ministério da Educação
No MEC desde 2020, engenheiro atua como secretário-executivo
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Após a saída de Milton Ribeiro do comando do Ministério da Educação, o secretário-executivo da pasta, Victor Godoy Veiga, assumiu nesta terça-feira (29), o cargo de forma interina. O nome dele, no entanto, é o mais cotado para assumir a função.
A previsão é que, caso assuma a pasta, Godoy dê continuidade à gestão de Ribeiro. O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar a decisão ainda nesta semana.
Dentre os motivos que levam Godoy a ser o nome mais cotado está o fato também dele atuar como servidor de carreira da Controladoria Geral da União (CGU), o órgão responsável por apurar irregularidades dentro do governo. A CGU abriu um procedimento para apurar as suspeitas de ilegalidades na pasta após denúncias de que Ribeiro priorizava indicações de pastores para distribuir verbas.
No primeiro dia como ministro-interino, Godoy se reuniu com a equipe da secretaria executiva.
Formado em Engenharia de Redes de Comunicações de Dados pela Universidade de Brasília (UnB), Godoy diz ter atuado por 15 anos em auditoria e cita que "foi membro de vários comitês de leniência responsáveis por apurar casos de corrupção, incluindo alguns relacionados a suborno transnacional".
Poucos dias da divulgação da suposta influência de pastores evangélicos em liberações de recursos do MEC, Godoy assinou um protocolo de intenções com a Secretaria de Controle Interno da Secretária-geral da Presidência da República.
"Nós damos transparência aos mais de 15 bilhões que estavam disponíveis nas contas correntes de estados e municípios de recursos repassados pelo Governo Federal", afirmou na ocasião.