Entre Reis e Rainhas!

Ás

A Bahia é real e Salvador a majestosa capital, com suas rainhas, reis e cortes engalanadas, mas Ó Paí, Ó! Se a nobreza irradia aparente cordialidade, entre plebeus a resenha é outra: o clima é de Rádio Nacional total, onde alucinadas fãs duelavam por seus favoritos ao trono mor.

No Reino Axé, fanáticos súditos defendem suas altezas em embates furiosamente surreais; já vi duas baianas retadas em acirrada disputa: uma do escrete Claudinha Bagunceira, a outra do time Veveta. Praticamente um Ba-Vi. Deu barril, dobrado!

Rainhas acendem o fogo das paixões. Absolutamente fabulosas!                                                                                                  É fato, real, que o triunvirato: Ivete, Daniela e Cláudia provoca muito barulho e confusão, mas não embaça o apogeu de outras soberanas. Adoro todas! Elétricas e ecléticas, glamurosas divas das avenidas soteropolitanas. Salve, salve! Sarajane e Marianne, Preta Gil e Alinne Rosa, todas as Carlas e cada uma das Márcias, but a last but no least, minha Pérola Negra, Margareth Menezes.

Com os reis é um pouco diferente, mas não muito desigual.         A disparidade está na promiscuidade das cortes, o imenso séquito de V. Ex.ª Carlinhos Brown não se vê impedido de reverenciar outros monarcas; sim, na Bahia é possível seguir dois senhores, portanto, Saulo, Armandinho, Durval, Xandes e Leos, brocam nos circuitos, atestando que a fidelidade é elástica para com os reis, já com as rainhas...o buraco é mais em baixo!

Agora veja! Se você é mais um a engrossar as fileiras de novos baianos ou um turista recém chegado, se plante, pivete!               A Bahia é apaixonante e o baiano um apaixonado por sua terra, cultura, cores e sabores! Perceba que o carnaval é profano e sagrado e o Ilê-Aiyê mais que um bloco é filosofia.  Eleja seu monarca, vista o abadá com Harmonia, abra sua Asa de Águia e dê um Tchan no Cortejo Afro dos Filhos de Gandhy, Ajayô!          

Vá com o Olodum e volte com a Timbalada!  Não se avexe não, fique à vontade! Aposte na “ozadia”, porém não abuse! O povo é acolhedor, mas não come reggae!                         

Bote fé no sincretismo baiano, por aqui quase todo mundo tem um olho no Padre e outro no Pai de Santo.                                       A Bahia é um estado... de espirito!                             

A gente se vê, na subida ou descida da ladeira.

 

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