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Economia

1 em casa 10 mercados não tinha mais arroz nas prateleiras em maio, segundo pesquisa

Índice cresceu pelo segundo mês consecutivo

Por Da Redação
Ás

Atualizado
1 em casa 10 mercados não tinha mais arroz nas prateleiras em maio, segundo pesquisa

Foto: Geniffer Valeriano

Segundo os dados do índice de ruptura, que mostra a porcentagem de produtos em falta em relação ao total de itens de uma loja, faltaram produtos nas prateleiras de 13,4% dos mercados brasileiros em maio. Os resultados foram divulgados pela feito pela Neogrid, uma multinacional referência em soluções inteligentes para a gestão da cadeia de suprimentos, e cresceram pelo segundo mês consecutivo.

Os índices chamam a atenção para um alimento que é um dos principais no prato do brasileiro: o arroz. De acordo com Neogrid, essa foi a maior variação de falta de um produto nas prateleiras, em abril, a taxa era de 7,6%, já em maio praticamente um em cada dez (9,7%) mercados brasileiros registraram falta do grão.

O estado é o maior produtor de arroz do país, sendo responsável por 70% da safra nacional. Na última semana de abril, chuvas e enchentes colocaram o Rio Grande do Sul em estado de calamidade. A falta de arroz nas prateleiras, contudo, não se deu diretamente por conta das chuvas e impactos no escoamento de produtos do estado gaúcho.

Diretor de Customer Success da Neogrid, Robson Munhoz, explica que o movimento reflete as “ compras de pânico” que levaram o brasuleiro a adquirir volumes maiores que o habitual do alimento para estocar

“A atitude provocou aumento da ruptura do produto devido tanto à demanda ter crescido quanto à demora para o reabastecimento”.

Ao longo do mês, tanto produtores quanto a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) asseguravam que o estoque eram suficientes para garantir o consumo. No caso, se apontava que eventuais desabastecimentos seriam “artificiais”, em decorrência do aumento da procura

Impacto das mudanças climáticas

Apesar de a tragédia climática não ser apontada como causa direta da falta do arroz, a pesquisa culpa as mudanças climáticas pela falta de outro produto também muito habitual do brasileiro: o café.

Atrás do detergente — que em abril não era visto em 7,9% dos mercados, e em maio em 8,8% —, o grão foi o terceiro produto que teve maior variação de ruptura no período. Em abril, faltava café em 8,1% dos mercados. No mês seguinte, em 8,8%.

“Além do arroz, o preço do café permanece em alta em função da baixa disponibilidade do produto, que está relacionada a fatores climáticos que impactaram negativamente a safra, bem como à valorização da commodity no mercado internacional. O crescimento no custo aparece após certa estabilidade entre março e abril”, afirma Anna Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid.

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