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12 milhões para intermediários: como anda o caso dos respiradores na Bahia

Equipamentos custaram R$ 48,7 milhões aos cofres públicos e nunca foram entregues

Por Da Redação
Ás

12 milhões para intermediários: como anda o caso dos respiradores na Bahia

Foto: Reprodução

Com a falta de uma resolução oficial para o caso da compra fraudada dos respiradores pelo Consórcio Nordeste, muitas pessoas se perguntam porque intermediário de negócios ganham tanto dinheiro.  

No caso da compra de respiradores pela Hempcare e Biogenerys, os intermediários ganharam cerca de R$ 12 milhões. 

De acordo com o CEO da BioGeoenergy, Paulo de Tarso, um dos intermediários entre o governo da Bahia com as empresas Hempcare e BioGeoenergy, Cleber Isaac teria entrado no negócio através do vice-governador João Leão (PP), do ex-secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, e do secretário-executivo do Consórcio, Carlos Gabas. 

Cleber Isaac é proprietário de uma rede hoteleira em Itacaré, no Sul da Bahia. Lá, o governador Rui Costa costuma descansar em companhia da família. 

Isaac teria recebido R$ 3 milhões pela negociação. 

Outra parte do recurso, no valor de R$ 9 milhões, foram repassados a Fernando Galante. 

Representante da Hempcare, Cristiana Taddeo contou em depoimento que Galante foi responsável pela "ponte" com o Consórcio Nordeste. Ele teria apresentado Cristiana Taddeo a Cleber Isaac. 

Para justificar a saída do dinheiro da empresa Hempcare para Fernando Galante, Cristiana diz ter condicionado o pagamento a uma nota de prestação de consultoria.

Como anda a investigação

O Ministério Público Federal abriu no dia 13 de junho inquérito para apurar eventuais atos de improbidade administrativa relacionados a contrato de fornecimento de respiradores firmado entre a empresa Hempcare e o Consórcio Nordeste. 

Os 300 equipamentos custaram R$ 48,7 milhões e nunca foram entregues. 

Em 17 de junho, a Procuradoria Geral do Estado (PGE-BA), representando o governo  da Bahia e o Consórcio Nordeste, entrou com medidas administrativas e judiciais para reverter a decisão judicial que entendeu pela incompetência para a tramitação dos procedimentos criminais relativos à compra dos respiradores mecânicos, atualmente objeto de investigação na Operação Ragnarok. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também entraram junto com medidas.

A decisão ocasionou a soltura dos suspeitos e a paralisação das investigações. A PGE considera que a eventual existência de outro processo ou investigação em outra instância não exclui necessariamente a competência estadual.

Com isso, o órgão apresentou agravo interno para reverter a extinção do mandado de segurança, que foi impetrado com o objetivo de cassar os efeitos da decisão. 

Comitê de Transparência

Criado no início de maio pela gestão do governador Rui Costa (PT) para fiscalizar os gastos públicos da Bahia com a pandemia de Covid-19, o Comitê de Transparência não tratou do caso dos respiradores até o momento 

Com a participação de membros do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Comitê teve apenas três reuniões e em nenhuma delas tratou da compra de respiradores pelo estado. 

Segundo informações do Política ao Vivo, nas duas primeiras reuniões, realizadas no dia 19 de maio e em 4 de junho, os integrantes trataram de informações sobre transparência dos gastos. 

No segundo encontro, inclusive, somente foram apresentadas as alterações no Portal da Transparência para acompanhamento dos gastos na pandemia.

Impeachment Rui Costa

O pré-candidato a prefeito de Salvador e vereador da cidade, Cézar Leite (PRTB), acompanhado dos advogados, Leandro de Jesus e Maurício Costa, protocolou na quinta-feira (25) o pedido de impeachment do governador Rui Costa (PT).

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