40% das estatais de saneamento podem ser privatizadas, diz estudo
Companhias estaduais não cumprem os requisitos mínimos exigidos pelo Novo Marco Legal

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Ao menos 10 das 26 companhias públicas estaduais de saneamento do país não cumprem os requisitos mínimos de saúde financeira exigidos pelo Novo Marco Legal do Saneamento e, pelas novas regras, ela podem ser privatizadas pelo governo de seu estado. É o que aponta o cálculo realizado pela consultoria GO Associados, que analisou quantas das principais estatais do país atendem a esses novos critérios da lei.
A conta teve como base o nível de lucratividade, endividamento e geração de caixa da empresa. A partir disso, foi avaliado se, na maneira como está, a operação gera recursos suficientes para investir ou ter crédito aprovado junto aos bancos públicos e privados.
Inicialmente, a GO Associados analisou a situação de 20 companhias estaduais, dentro de 25 estados mais o Distrito Federal. Destas, dez, ou 39%, seriam reprovadas em pelo menos um dos quatro principais critérios de sustentabilidade fiancneira definidos pela nova lei.
Nove delas estão em estados do Norte e do Nordeste, como Maranhão (Caema), Rio Grande do Norte (Caern), Pará (Cosanpa) e Amazonas (Cosama), além da Casan, a companhia de águas de Santa Catarina.
As finanças das outras dez companhias analisadas no levantamento cumprem os quatro critérios estabelecidos e têm, portanto, a situação financeira mais robusta. Entre elas, estão estatais com capital aberto e já consolidadas na bolsa de valores, como a Sabesp (de São Paulo), a Sanepar (Paraná) e a Copasa (Minas Gerais).
A análise foi feita com base nos resultados financeiros dos últimos cinco anos das companhias registrados no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).