50% dos brasileiros diz que Bolsonaro não merece ser reeleito, aponta pesquisa EXAME/IDEIA
Mesmo com constatação, presidente lidera cenários de corrida presidencial para 2022
Foto: Reprodução/A Gazeta
A crise de saúde pública em Manaus (AM) e os desencontros em relação à compra e distribuição de vacinas contra a Covid-19 vêm impactando a percepção dos brasileiros sobre a gestão federal. Para 50,3% dos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não merece ser reeleito. Para 42%, ele faz jus a exercer o novamente o cargo de líder da nação. Outros 7,7% não souberam responder. É o que mostram os novos resultados de uma pesquisa inédita realizada pela EXAME/IDEIA.
A percepção de que o presidente não merece ser reeleito é maior entre os estratos de baixa escolaridade e os moradores da região Norte: entre os que não completaram o ensino fundamental, 53% dizem que Bolsonaro não faz por merecer uma nova chance na Presidência da República. Entre os moradores do Norte, região fortemente afetada pela pandemia, 69% compartilham da mesma opinião.
Apesar da alta rejeição, Bolsonaro lidera a corrida presidencial para 2022. Se as eleições fossem hoje, o presidente seria reeleito. O EXAME/IDEIA testou três cenários de primeiro turno, com diferentes candidatos na disputa, nos quais as intenções de voto para Bolsonaro variam de 32% a 36%, na pesquisa estimulada. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se consolida em segundo lugar, recebendo de 15% a 17% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT) aparece com frequência na terceira colocação, recebendo de 10% a 11% dos votos.
Na sondagem, também aparecem nomes como o apresentador Luciano Huck ( 7,5% a 10%), o psolista Guilherme Boulos (de 5% a 8%), o governador João Doria (de 3% a 6%) e o ex-ministro Sergio Moro (7%). “Com uma oposição desorganizada e nomes incertos ou pouco conhecidos pela opinião pública, a pesquisa de intenção de voto revela que a população se vê sem opção de candidatos”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA. “Por isso, muitos dizem que votariam em Bolsonaro”.