5G: implantação do sistema pode fazer do Brasil um hub tecnológico, diz ministro das comunicações
Fábio Faria ainda afirmou que as tecnologias posteriormente serão utilizadas por outros países

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro das Comunicações do Brasil, Fábio Faria, afirmou durante a solenidade de posse de Carlos Baigorri na presidência da Anatel, em Brasília, que a a celeridade dada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para viabilizar a implantação da internet de quinta geração (5G) no Brasil poderá fazer do país um hub de tecnologias que posteriormente serão utilizadas por outros países.
De acordo com Faria, o feito é ainda mais relevante levando em conta as dificuldades e burocracias naturais do setor público brasileiro. “Temos muita burocracia [no setor público] e um tempo diferente do [habitual no] setor privado”, disse.
O ministro ainda acrescentou, ao comentar sobre os desafios observados durante o processo de planejamento, que "no privado, basta apenas tomar uma decisão. Aqui, temos de passar pelo convencimento”.
Sobre as tecnologias de ponta, Faria disse que elas ficam ultrapassadas rapidamente, o que torna ainda mais importante dar rapidez aos trâmites de políticas que envolvem questões desse tipo. “Nós falamos [nos encontros com autoridades do setor de telecomunicações] sobre tecnologia. O que é novo hoje ficará obsoleto amanhã. Se atrasarmos, ficaremos para trás e não recuperaremos mais”.
Em relação ao novo presidente da Anatel, Faria afirmou: “Baigorri representa uma palavra: solução”, disse o ministro, defendendo a valorização dos conselheiros da agência. “Que cortemos os custos não importantes para valorizarmos aqui os funcionários importantes”, pontuou.
“Está também presente na nossa indústria e no nosso entretenimento. Meu propósito é fazer com que o Estado brasileiro, por meio da Anatel, potencialize o impacto transformador das telecomunicações e das comunicações na vida de cada brasileiro”, disse Baigorri durante discurso de posse. Além disso, o novo presidente criticou as empresas que realizam uso do telemarketing "para vender coisas".
“As demandas da sociedade são outras atualmente. A Anatel tem de atender essas novas expectativas do século 21. Somos uma agência do século 20 com ferramentas do século 20 [criadas] para [enfrentar] problemas do século 20. Neste século 21 precisamos de novas ferramentas. Precisamos interagir com outros órgãos para que, de braços dados, possamos atender às expectativas da sociedade, junto com a academia”, disse Baigorri.
Para finalizar, ele disse que estes novos desafios exigem nova visão, diálogo e participação social.