742 mil aposentados apontaram descontos indevidos no 1° semestre de 2024
Dados da Controladoria-Geral da União auxiliam em uma operação da Polícia Federal contra fraudes em cadastros de benefício do INSS
Foto: Reprodução/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Um levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que 742.389 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registraram pedidos para cancelamento do desconto associativo no primeiro semestre de 2024.
Uma operação da Polícia Federal, lançada na semana passada, investiga possível fraude nos cadastros com o intuito de entender como os descontos são inseridos sem autorização na aposentadoria dos brasileiros. Os desvios registrados entre 2019 e 2024 podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
As reclamações foram feitas em canais de atendimento do INSS. As queixas foram lançadas contra as 11 associações suspensas pela Justiça após a operação da PF. Enquanto outras 12 entidades receberem, pelo menos, mil reclamações no período.
Essas associações registraram 6,54 milhões de beneficiários com algum percentual de desconto em folha. Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, foi demitido do cargo na quarta-feira (23).
O levantamento feito pela Controladoria-Geral da União foi utilizado como suporte para a realização da operação em conjunto com a Polícia Federal e serviu de suporte para a decisão judicial de bloquear os descontos das entidades.
No ano de 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma avaliação nos dados de desconto praticados pelas associações e verificou que as entidades não apresentavam a documentação de consentimento de descontos.
