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Brasil

77% das garotas brasileiras já sofreram assédio pelas redes sociais, aponta estudo

Maioria dos relatos envolvem linguagem abusiva

Por Da Redação
Ás

77% das garotas brasileiras já sofreram assédio pelas redes sociais, aponta estudo

Foto: Reprodução/Canaltech

Uma pesquisa realizada pela ONG Plan International com 14 mil adolescentes e jovens mulheres de 22 países, revelou que 58% delas dizem já ter sofrido assédio pelas redes sociais, o que inclui ameaça de violência sexual, assédio sexual, comentários racistas ou LGBTIfóbicos, perseguição, linguagem abusiva, entre outros. No Brasil, 77% das 500 mulheres entrevistadas afirmaram ter sofrido algum tipo de assédio. 

Com escolas fechadas e medidas de distanciamento social, os jovens, mais do que nunca, foram se relacionar no mundo digital. A ONG ressalta, porém, que a solução não é estimular a saída das garotas e mulheres das redes, mas conscientizar famílias, exigir do poder público que as leis e penas sejam cumpridas e cobrar das empresas das redes sociais componentes para inibir ações do gênero.

As entrevistadas tinham entre 15 e 25 anos e, apesar da idade mínima para entrar numa rede social seja 13 anos, há relatos que remetem a quando tinha até oito anos e acessavam sem travamentos. O problema mais relatado na pesquisa, por 58% das entrevistadas, foi a linguagem abusiva. Envergonhar o corpo (quando se expõe alguém ao ridículo por causa do seu corpo) por 54%, depois constrangimento proposital, por 52%.

"Como redes sociais têm os mecanismos de proteção. Conforme denunciam garotas, eles criam novo perfil e o ciclo continua. Às vezes os comentários são postados abertamente, gerando um constrangimento ainda maior. Por isso, elas afirmam com frequência que não se sentem seguras nas redes. Não é à toa que 46% afirmam que denuncia mais assédio on-line do que na rua", afirma Cynthia Betti, diretora executiva da Plan International. 

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