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A cada três brasileiros, um já sofreu golpe na internet nos últimos 12 meses, aponta Datafolha

População já perdeu mais de R$ 110 bilhões com nova modalidade de crime

Por Da Redação
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A cada três brasileiros, um já sofreu golpe na internet nos últimos 12 meses, aponta Datafolha

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Conforme a pesquisa do Instituto Datafolha, a cada três brasileiros, um já sofreu um golpe de internet com prejuízo financeiro nos últimos 12 meses. A população, equivalente a 56 milhões de vítimas, já perdeu cerca de R$ 111,9 bilhões com a nova modalidade de crime, como golpes do PIX, boletos falsos, fraude e compras não entregues.

Lançada nesta quinta-feira (14), a segunda edição da pesquisa "Vitimização e Percepção da Segurança Pública no Brasil" foi divulgada durante o 19º Encontro Nacional do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em Manaus. 

O instituto entrevistou 2.007 pessoas em 130 municípios, no período de 2 a 6 de junho de 2025. Com a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, o intervalo de 12 meses considerado foi de julho de 2024 a junho deste ano.

31,4% dos entrevistados afirmaram ter sido vítimas de crimes que resultaram em vazamento de dados pessoais, o que resulta em um total de 53 milhões de vítimas em um ano. Já outros 36,3% dos brasileiros disseram ter sofrido uma tentativa de golpe virtual, ou seja, 61,3 milhões de pessoas.

Segundo o levantamento, os crimes patrimoniais migraram das ruas para o ambiente digital, principalmente após a pandemia da Covid 19, em 2020. Os indivíduos que tiveram o celular furtado ou roubado apresentaram um aumento de aproximadamente 3,7 vezes nas chances de sofrerem um crime virtual.

O estudo também destaca que as facções criminosas ligadas ao narcotráfico passaram a operar os golpes virtuais para aumentar os lucros, em especial os dois principais grupos do país: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). 

As recentes operações policiais revelaram um novo patamar de atuação destes grupos. Se antes as ligações eram feitas de dentro dos presídios, agora os criminosos atuam com centrais telefônicas estruturadas para a aplicação sistemática de fraudes bancárias e golpes digitais, com o uso do PIX, WhatsApp e cartões clonados.

"Antes, o PCC investia na maconha como o capital de giro da cocaína. Hoje em dia, o capital de giro é o ouro, o desmatamento e o crime virtual. Esse último alimentado pelo celular. O crime patrimonial passou a ter uma força muito grande, e o Estado está pouquíssimo aparelhado para lidar com isso", opina o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.

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