A diversidade e a inclusão gozam de princípios realmente democráticos?
Confira a coluna desta semana de Adriano Sampaio
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Já parou para pensar no futuro da diversidade e inclusão? Já percebeu que o significado do conceito diversidade vai de encontro a própria etimologia da palavra? De acordo com o dicionário, o conceito de diversidade é definido como “um substantivo feminino que caracteriza tudo aquilo que é diverso, que tem multiplicidade”, ou seja, é tudo aquilo que apresenta pluralidade e que não é homogêneo.
O mundo é diverso, heterogêneo, desde que o mundo é mundo. O que está acontecendo é que a diversidade está segregando o mundo cada vez mais, e qual será a consequência disso no futuro?
Ao colocar a palavra diversidade no sistema de busca do Google, surge uma lista gigantesca como, diversidade cultural, religiosa, social, racial, étnica, sexual, biológica, linguística, diversidade nas empresas, etc.
"O que é inclusão? É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. Isto é, nada mais que respeitar o próximo, suas origens, sua língua mãe, características biológicas, comportamentais, enfim, seu jeito e as coisas em que acredita, seu propósito de vida até o ponto que não interfira na vida do outro. Inclusão na verdade é viver com amor em harmonia na sociedade. Ser solidário a quem precisa, compartilhar.
Por isso trago aqui uma reflexão sobre as práticas e ações deste “conceito de diversidade”. O conceito que está sendo disseminado na verdade, está fragmentando uma sociedade, ao contrário de pensar num todo, no coletivo, respeitando as adversidades. Hoje as pessoas que se identificam por algum aspecto estão lutando e brigando por maior espaço, por mais benefícios, facilidades. E antes de resolver um problema, está criando um outro muito maior.
Sou contra qualquer tipo de preconceito, assim como sou a favor de uma sociedade mais justa. Portanto, acho que a sociedade, autarquias, associações representativas e o governo devem pesquisar profundamente as estruturas sociais, atividades laborais e desenvolver um plano consistente, políticas públicas que apoie as causas mais significativas de fato, respeitando as proporcionalidades com as dificuldades sociais de cada universo e muito bom senso.
Afinal, porque a cota dos negros deve ser maior que a das mulheres, e porque a cotas de ambas são maiores que a dos portadores de deficiência? Você acha justo? Agora compare esses três grupos citados em relação a portadores de doenças incuráveis. Reflita.
Precisamos reduzir drasticamente o incentivo da proliferação dos guetos, a segregação da sociedade. O resultado será uma polarização multifacetada, causando insatisfação generalizada de diversos grupos, multiplicação de transtornos psíquicos deixando toda uma população doente e a falência da sociedade. Acredite, a união faz a força.
Enfim, vamos pensar e agir como acontece numa grande catástrofe, seja um grande incêndio ou uma forte enchente, todos se ajudam, todos socorrem uns aos outros. Somos um só povo, uma grande nação. Até terça que vem, Axé!