“A intenção da CPI não é acabar com os institutos de pesquisas", afirma senador Marcos do Val
Parlamentar protocolou requerimento para a criação de Comissão, que visa apurar sistemas de realização de pesquisas
Foto: Reprodução/Pânico
Após os resultados do primeiro turno das eleições de 2022, o senador Marcos do Val (Podemos) protocolou um requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar, mediante exame técnico, os sistemas de realização de pesquisas eleitorais pelas principais empresas e institutos do país. Isso porque muitos resultados obtidos no último domingo (2) contrariam as previsões dos levantamentos feitos regionalmente e nacionalmente.
Nesta terça-feira (4), em entrevista à Jovem Pan News, o parlamentar esclareceu os objetivos da comissão: “A intenção da CPI não é acabar com os institutos de pesquisas, não seria essa a intenção. É criminalizar aqueles que estão fazendo mau uso desse trabalho. A gente não pode generalizar e achar que todos fazem um mau uso disso. A gente não pode ir nesse viés de que a CPI é para punir todos e acabar com os institutos de pesquisa no Brasil. Nós vamos penalizar, achar os culpados que usam essa ferramenta de forma imoral e ilícita”.
“Há 4 anos atrás, eu tinha 5,5% de intenção de voto enquanto o opositor tinha 44% de intenção. Ele não foi eleito e eu fui eleito. Isso estava influenciando bastante, mas na rua nós sentíamos que era diferente do que saía nas pesquisas. E as pesquisas insistindo que o outro candidato que pleiteava a eleição estava com um número muito maior. Sempre me colocando com uma porcentagem menor. A pesquisa é uma ferramenta poderosa de mudança de posição de eleição. Ela é mais preocupante do que a questão das urnas, se são seguras ou não. Porque a decisão de votar em alguém que está em primeiro para achar que o voto valeu é muito grande”, defendeu o senador.