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Bahia

“A mídia tem que passar minha lagrima”, diz mãe de Emanuel e Emanuelle após nova vitória de Katia Vargas

A médica foi levada a júri popular, que considerou, em dezembro de 2017, que ela é inocente

Por Chayenne Guerreiro
Ás

“A mídia tem que passar minha lagrima”, diz mãe de Emanuel e Emanuelle após nova vitória de Katia Vargas

Foto: Reprodução/ Correio da Bahia

A Seção Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu por 10 votos favoráveis manter a decisão do júri popular de absolvição da médica Katia Vargas. 

O relator do caso, desembargador Lourival Trindade, afirmou que a decisão do júri não apresenta contrariedade com as provas dos autos e que o júri acatou um pedido da defesa de absolvição, tendo em vista que a médica sempre negou a autoria do crime.

Vargas foi acusada de ter provocado as mortes dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, de 21 e 23 anos, durante um acidente entre o carro que ela conduzia e a moto que as vítimas estavam, no dia 11 de outubro de 2013, em frente ao Ondina Apart Hotel, na Avenida Oceânica, no bairro de Ondina.

A mãe dos jovens Marinúbia Gomes Dias, afirmou que já esperava a decisão favorável a Katia Vargas.

“Eu queria dizer a justiça, que eu dependo de vocês, homens inteligentes e Jesus disse que muito será cobrado a quem muito foi dado. Nós não sabemos fazer justiça, a mídia é a voz do povo, a mídia tem que passar minha lagrima, de todo mundo que chora. A mídia não é mentirosa. O Tribunal de Justiça da Bahia hoje tem seus votos que mantêm a incoerência, eu não posso dizer que estou decepcionada, eu já esperava porque é assim que a coisa anda, existe um poder que não anda junto com a minha defesa, anda com a defesa de Katia Vargas. Se fosse eu que tivesse tirado uma vida estava lutando para não ir pra cadeia”, declarou.

Emanuel e Emanuelle completam seis anos de morte no dia 11 deste mês. Na época do acidente, testemunhas disseram que Vargas saiu com o carro da Rua Morro do Escravo Miguel, no mesmo bairro, e fechou a passagem da moto pilotada por Emanuel, que levava a irmã na garupa, no sentido Rio Vermelho. Após uma parada no sinal, Emanuel teria protestado contra a atitude da médica, batendo com o capacete contra o capô do carro. Foi quando o sinal abriu para a moto, mas não para o carro da médica, que faria um retorno no sentido Jardim Apipema.

Kátia, então, segundo as investigações, furou o sinal vermelho e acelerou o veículo em direção à motocicleta.

A médica foi levada a júri popular, que considerou, em dezembro de 2017, que ela é inocente.

O advogado de Marinúbia, Daniel Keller, garantiu que vai recorrer da decisão do TJ-BA.
 

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