Bahia

ABI emite nota de repúdio por ataques contra equipe da TV Band

A câmera foi destruída e o cinegrafista recebeu uma coronhada de um dos criminosos no bairro de Águas Claras

Por Da Redação
Ás

ABI emite nota de repúdio por ataques contra equipe da TV Band

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em nota emitida nesta terça-feira (1), a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) repudia os ataques sofridos pela equipe da TV Band, no bairro de Águas Claras. A equipe formada pelo repórter Toni Júnior e pelo cinegrafista Jefferson Alves teve a câmera destruída quando foi atacada por criminosos, no momento em que gravavam uma reportagem para o programa Brasil Urgente. O cinegrafista recebeu uma coronhada de um dos bandidos. 

Na nota, a ABI diz que "a resposta a qualquer agressão ao livre exercício da nossa atividade profissional não pode ser outra, senão, mais jornalismo". Reiterou ainda que deve ser "mantido o bom senso dos colegas das equipes de reportagem, a melhor resposta é a mais ampla e qualificada cobertura dos fatos violentos que hoje alvejaram a imprensa, mas diariamente ameaçam a todos, jornalistas ou não, dentro e fora da segurança do lar".

No texto, a ABI frisa que "estamos todos do mesmo lado, e do outro lado estão os que escolhem viver à margem das leis e das regras de convivência civilizada. A ABI estará sempre ao lado de quem defende a vida".

Confira a nota na íntegra:

A crescente ostentação da violência resultante das disputas entre organizações criminosas alvejou a imprensa, enquanto instituição fundante da sociedade civilizada com a qual estamos eticamente comprometidos. Os profissionais das tvs Bandeirantes e Aratu agredidos e ameaçados por marginais no bairro de Águas Claras, em Salvador, representam toda a imprensa baiana e a estes colegas e suas emissoras, prestamos a mais irrestrita solidariedade. Somente quem não aceita as leis e regras de convivência numa sociedade civilizada e democrática, recusa e agride jornalismo. A resposta a qualquer agressão ao livre exercício da nossa atividade profissional não pode ser outra, senão, mais jornalismo. Mantido o bom senso dos colegas das equipes de reportagem, a melhor resposta é a mais ampla e qualificada cobertura dos fatos violentos que hoje alvejaram a imprensa, mas diariamente ameaçam a todos, jornalistas ou não, dentro e fora da segurança do lar. O imprescindível distanciamento crítico em relação à atuação de órgãos públicos responsáveis pelas políticas de segurança pública não dá margem a qualquer dúvida. O olhar da imprensa pode e deve estar atento ao cumprimento das leis pelos agentes da lei, sem que isso se confunda com qualquer antagonismo: estamos todos do mesmo lado, e do outro lado estão os que escolhem viver à margem das leis e das regras de convivência civilizada. A ABI estará sempre ao lado de quem defende a vida.

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