Abin diz que não acompanha viagens de Lula por falta de orçamento
Ministro Rui Costa disse, no entanto, que o presidente não quer o órgão para essa finalidade
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Desde março deste ano, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deixou de acompanhar as viagens nacionais e internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A alegação interna é que falta orçamento para realizar as atividades institucionais.
No entanto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que a ausência da Abin em viagens presidenciais segue a linha de entendimento do presidente Lula sobre a função do órgão.
“Lula determinou que a Abin não ficasse a serviço da figura do presidente, mas a serviço do Estado brasileiro e do povo brasileiro. Nós queremos uma agência capaz de integrar, com segurança, as diversas fontes de inteligência e de informações”, disse o ministro.
O núcleo específico para segurança presidencial atuava com baixo investimento na agência até ser criado um setor chamado Inteligência de Proteção, que atuava sob gestão do Departamento de Operações de Inteligência, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na reformulação feita pelo governo Lula, a equipe foi formalizada por decreto, o que a manteve sob a responsabilidade Departamento de Operações de Inteligência.
A função do núcleo é “planejar, coordenar, executar e supervisionar ações de inteligência de proteção relacionadas a eventos e a viagens nacionais e internacionais do presidente da República, observadas as competências dos demais órgãos”.
