Abin nega que suposições de Bolsonaro sobre a China foram obtidas pela agência
Manifestação atende a um requerimento solicitado pela CPI da Pandemia

Foto: Agência Brasil
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) negou que as suposições do presidente Jair Bolsonaro sobre o surgimento da covid-19 foram baseadas em dados produzidos pela agência. Recentemente, Bolsonaro sugeriu que o vírus pode ter sido criado em laboratório com forma de aumentar a economia do país asiático.
A manifestação atende a um requerimento da Comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Pandemia, que, por meio do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) questionou o chefe da Abin, Alexandre Ramagem, se "a manifestação do presidente da República está fundamentada em alguma informação produzida ou obtida a partir das atividades dessa agência?".
Ramagem negou e esclareceu que a "manifestação do presidente não faz qualquer referência a informações da Abin". Ele também completou dizendo que "em síntese, as quatro principais hipóteses de origem do vírus permanecem em investigação pela comunidade científica, inclusive na pesquisa oficial da OMS" e que as informações são de "conhecimento amplo e de acesso público".
A suposição do presidente sobre o surgimento da China já foi desmentido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirmou ser "pouco provável" que o vírus tenha sido criado em laboratório. Uma das hipóteses analisadas é que o vírus tenha se desenvolvido em um animal, que passou para animal consumido pelos humanos. A principal teoria é que a covid-19 tenha se espalhado em uma feira de carnes na província de Wuhan, na China.