Ações para enfrentar coronavírus totalizam R$ 700 bi, afirma Guedes
Recursos para autônomos serão de R$ 45 bilhões
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (27), que as ações da área econômica para diminuir os danos provocados pela crise do novo coronavírus totalizam R$ 700 bilhões, entre antecipações de recursos, liberação de linhas de crédito e aumento de gastos públicos.
Em um vídeo publicado nas redes sociais do ministério, ele disse que apenas a medida de renda básica para os trabalhadores autônomos, aprovada nessa quinta-feira (26) pela Câmara dos Deputados, implicará em gastos de R$ 45 bilhões para os próximos três meses.
Ainda de acordo com Guedes, a liberação do Bolsa Família para 1,2 milhão de famílias e as antecipações do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), somadas à ajuda aos autônomos, garantirá praticamente R$ 100 bilhões em proteção para a população mais desprotegida.
“A determinação do presidente Jair Bolsonaro é que não vão faltar recursos para defender as vidas, a saúde e os empregos dos brasileiros. Nenhum brasileiro vai ficar para trás. Nós vamos cuidar de todos e começamos justamente protegendo os mais vulneráveis”, afirmou.
Ele ainda citou a liberação de R$ 200 bilhões de compulsório (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central), de R$ 100 bilhões da Caixa Econômica Federal e de R$ 50 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele mencionou a ajuda de R$ 88 bilhões para estados e municípios, anunciada no início da semana.
Segundo Guedes, se forem somadas as medidas listadas, que somam R$ 538 bilhões, mais as ações a serem anunciadas em breve, a ajuda chegará a R$ 700 bilhões nos próximos três meses. “Nos próximos, três, quatro meses, esses R$ 700 bilhões vão entrar na economia brasileira para nos proteger contra esse choque da saúde que está se abatendo sobre o povo brasileiro”, destacou.
Proteção do emprego
Guedes detalhou como deverá funcionar a complementação de salários proposta pelo governo para evitar demissões em massa. O patrão de empresas que tiverem de interromper ou reduzir as atividades cortará parte do salário do trabalhador, com o governo complementando um percentual do seguro-desemprego a que a pessoa teria direito equivalente ao percentual de corte sofrido. Dessa forma, caso o empresário corte o salário em 50%, o governo entraria com 50% do seguro-desemprego. Se o empresário cortar 25% do pagamento, o governo complementa os mesmos 25%.
Confira vídeo:
#SAÚDEECONÔMICA | “A determinação do presidente @jairbolsonaro é que não faltem recursos para defender vidas, saúde e empregos dos brasileiros. Nós vamos cuidar de todos e começamos protegendo os mais vulneráveis”. Ministro Paulo Guedes.#planoemergencial https://t.co/6rTTt7NVFS
— Ministério da Economia (@MinEconomia) March 27, 2020