Acusada de matar os pais e o irmão revela planejamento do crime
Crime aconteceu no dia 27 de janeiro
Foto: Carina Ramos e Anaflávia Gonçalves, acusadas de assassinato - Foto: Reprodução / Redes Sociais
Anaflávia Gonçalves, acusada de assassinar os pais e o irmão, contou detalhes sobre o crime que terminou na morte do casal de empresários, Romuyuki e Flaviana Gonçalves, e o adolescente Juan, de 15 anos, no último dia 27 de janeiro.
Em depoimento para a polícia, revelado pelo Fantástico no último domingo (9), Anaflávia falou sobre o planejamento do crime e dos impasses entre ela os outros participantes. "Eles falaram: vai ser onde? No Montanhão? No Sertãozinho ou no Montanhão? Vamos queimar o carro'. A Carina falou: 'você está louco? Não vai queimar o carro'", relatou Anaflávia. "Eu fui no posto com o Jonathan. Ele abasteceu o carro, encheu um galão de gasolina", afirmou.
Anaflávia contou que durante a ação, Jonathan Fagundes Ramos, um dos acusados de participar do crime, sofreu ferimentos por conta da explosão do carro em que estavam as vítimas. "Deu a explosão, ele se queimou inteiro, ficou todo queimado mesmo, queimou cílios, queimou bigode, queimou bem o cabelo, o peito queimou. A gente voltou correndo para casa e a Carina o acalmou. No outro dia ele ficou dormindo e eu saí pra trabalhar normalmente", continuou.
Além de Jonathan, que segue foragido, a polícia afirma que outros dois suspeitos participaram do assassinado: Guilherme Ramos e Juliano Oliveira Ramos Junior. Apesar da acusação, ninguém assumiu a autoria do crime.
"Ele [Juliano] falou de fazer uma fita, eu falei que não, mas todo mundo chegou ao consenso que sim", disse Anaflávia, assumindo que aceitou a proposta de roubo.
Segundo os acusados, o combinado era fingir que estavam rendendo Anaflávia e a namorada, Carina Ramos, para realizar o assalto. "Amarramos o moleque, amarramos o pai e subimos com o pai...", disse Juliano. "Eles estavam pedindo a senha do cofre e ele falava que não tinha, que isso quem tinha era a esposa dele", contou.
Com a negativa do pai, Juliano contou que Carina teve a ideia de matar o pai ou irmão. "Mudou. A Carina mudou tudo quando falou que tinha que matar o pai ou o moleque para a mãe ver que não tava de brincadeira. Ela queria a senha de tudo", explicou.
Segundo as versões de Juliano e Guilherme, Carina foi a responsável pelo assassinato de Romuyuki e Juan por asfixia, no entanto, o laudo da perícia prova que as três mortes aconteceram por traumatismo craniano.