Acusado de envolvimento no assassinato de Marielle, ex-bombeiro não fará delação premiada, afirmam advogados
Advogados defendem sua inocência e negam participação no crime
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Os advogados de Maxwell Simões Correa, ex-bombeiro conhecido como Suel e acusado de envolvimento nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, afirmaram que o cliente não pretende fazer delação premiada. Segundo eles, Maxwell não possui qualquer ligação com o crime e não possui informações relevantes para colaborar com as investigações. A prisão, ocorrida no último dia 25, pegou o ex-bombeiro e sua família de surpresa, conforme relatou Fabiola Garcia, sua advogada.
Transferido para a Penitenciária Federal de Brasília, onde cumpre prisão preventiva, Suel foi acusado pelo Ministério Público com base na delação do ex-policial militar Élcio de Queiroz. Segundo Élcio, Suel teria monitorado Marielle antes do assassinato. No entanto, o ex-bombeiro nega veementemente qualquer envolvimento, tanto nos preparativos para o crime quanto em tentativas anteriores de emboscada contra a vereadora e nas ações para destruição de provas, como relatado por Élcio.
As versões apresentadas por Élcio de Queiroz também foram questionadas por pessoas próximas a Suel. Segundo eles, o ex-bombeiro não estava no bar mencionado por Élcio na noite dos assassinatos e não proferiu a frase atribuída a ele. Afirmam que Suel deixou o local mais cedo devido a questões pessoais, já que sua esposa havia sido operada recentemente.
Além das acusações relacionadas ao assassinato de Marielle e Anderson, Maxwell também já respondia por obstrução de provas no caso desde 2020. Ele foi acusado de ceder o carro usado para esconder as armas utilizadas no crime, o que levou à sua prisão preventiva em maio de 2022. No entanto, seus advogados negam veementemente a participação nesses fatos e defendem a inocência de seu cliente.