Advogada suspeita de atuar com facção criminosa em Salvador tem prisão mantida
Poliane Gomes foi presa na última sexta-feira (27) com cerca de R$ 200 mil em dinheiro

Foto: Reprodução
A mulher, que foi presa com R$ 190 mil em dinheiro, em Salvador, na última quinta-feira (27), teve a prisão mantida depois de audiência de custódia na sexta-feira (28). De acordo com a Polícia Civil, ela era advogada de uma facção criminosa e manteve relacionamento íntimo com o chefe do grupo, que no momento está preso no Presídio de Segurança Máxima de Serrinha, cidade a aproximadamente 190 km da capital baiana.
A advogada posteriormente foi identificada como Poliane França Gomes. Segundo a polícia, ela era responsável pela transmissão de ordens estratégias, reorganizar territórios, articular cobranças e manter a comunicação direta entre os internos do presídio e lideranças externas.
Segundo informações levantadas pela TV Bahia, o chefe da facção com quem tinha envolvimento amoroso é Leandro da Conceição Santos Fonseca, também conhecido como "Shantaram".
A prisão integra a Operação Rainha do Sul, que foi deflagrada pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). A intenção é desarticular o núcleo financeiro e coordenação de uma organização criminosa, que atua na Bahia e possui ligações com facções do Rio de Janeiro e São Paulo.
Por meio de nota, a Ordem dos Advogados do Brasil - Sessão Bahia (OAB-BA), divulgou que o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB analisará a situação da advogada.
Outras prisões
De acordo com a Polícia Civil, no total, foram cumpridos 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão na Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Três das pessoas que tiveram mandados de prisão cumpridos, já estavam presas.
Os alvos da operação na Bahia foram:
- responsáveis pela contabilidade do tráfico;
- gerentes territoriais que lideravam áreas em Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçari, Salvador e outras cidades baianas;
- operadores encarregados do transporte, armazenamento e distribuição de drogas e armas.
Além das prisões, R$ 1 milhão em joias de ouro foram apreendidos e a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 100 milhões em contas bancárias. O grupo também está proibido de utilizar os seguintes bens, que foram avaliados em R$ 1 milhão:
- sete veículos;
- uma moto aquática;
- um haras com cavalos de raça;
- uma usina que produz energia solar.


