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Advogado e influenciador João Neto é condenado a 4 anos de prisão por agredir ex-companheira

Pena será cumprida em regime aberto; Baiano terá que pagar indenização de R$ 40 mil

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Advogado e influenciador João Neto é condenado a 4 anos de prisão por agredir ex-companheira

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O advogado e influenciador digital baiano João Neto foi condenado a 4 anos e 2 meses de prisão, além do pagamento de indenização de R$ 40 mil pelo crime de lesão corporal contra a ex-companheira, Adriana Bernardo Santos

Preso por suspeita de violência doméstica, advogado João Neto defendeu em entrevista "motivo para homem bater em mulher"

A decisão foi expedida na terça-feira (3), pelo juiz Robério Monteiro, do 2º Juizado de Combate à Violência Doméstica, em Maceió, onde o crime ocorreu. A denúncia por violência doméstica foi ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL).

A pena deve ser cumprida em regime aberto, com uso de tornozeleira eletrônica, já que o Estado de Alagoas não possui regime semiaberto. Cabe recurso.

João Neto foi preso em flagrante em abril e solto no dia 13 de maio, já com a tornozeleira. O MPAL pediu ainda que o influenciador seja obrigado a pagar uma pensão à vítima de R$ 20 mil por pelo menos um ano, mas a solicitação ainda não foi analisada pelo juiz.

João Neto acumula 2 milhões de seguidores nas redes sociais. Além de advogado criminalista, ele se apresenta como mestre em ciências criminais, ex-policial militar da Bahia, e é conhecido por postas vídeos dando dicas jurídicas em tom de humor. 

Em abril, a Polícia Militar da Bahia informou que João Neto nunca integrou o quadro de militares ativos da corporação. Ele não concluiu o curso de formação de soldado após ter sido expulso há 15 anos. Já a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu uma investigação da conduta de João Neto e suspendeu o registro dele, no mês de maio.

Nas últimas eleições, em 2024, o João Neto atuou como advogado do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). 

Relembre o caso

A agressão aconteceu no apartamento onde a vítima e o agressor moravam, em Maceió, no dia 24 de abril, e foi filmada por câmeras de segurança. João Neto nega as acusações.

As imagens mostram o momento em que a vítima sai do apartamento com o queixo ensanguentado, e João Neto a segue com um pano para estancar o sangramento. Moradores do edifício relataram ter ouvido gritos e sons de agressão, e acionaram a polícia.

Um vídeo publicado pela defesa de João Neto mostra ele empurrando a companheira, que tenta se segurar em uma porta enquanto ele a puxa. Num dos puxões, ele solta o braço que ela apoiava na parede e ambos caem no chão em seguida. A mulher parece bater o rosto no piso. Ela fica caída por alguns segundos, mas o advogado a levanta e a leva para outro cômodo.

A defesa feita pelos advogados Minghan Chen Lima Pedroza, Cícero Fernandes Mota Pedrosa e Vinicius Costa Guido Santos reiterou que a queda se deu no momento em que João Neto tentava retirar a companheira do apartamento após insistir por bastante tempo para que ela saísse.

Versão da vítima

A mulher afirmou à Polícia Civil que sofreu ferimentos no queixo após ser retirada à força da cama e empurrada por ele. Segundo ela, a queda ocorreu enquanto João Neto tentava expulsá-la do apartamento após uma briga.

A vítima, que tem 25 anos, disse que ambos estavam assistindo televisão e ela foi para o quarto descansar, momento em que a discussão começou. João Neto, segundo ela, disse: "Porra, eu aqui me fodendo e você não faz nada".

Ainda segundo o depoimento dela, João teria dito aos funcionários que trabalhavam na reforma do apartamento que eles "estavam de prova". Em seguida, o advogado teria começado a empurrá-la para fora da unidade, e os dois caíram no chão.

A mulher ainda afirmou que já havia sido agredida por João Neto em outras ocasiões. Ela citou um incidente em outubro de 2024, no qual teria sido empurrada, batendo a cabeça na cama, além de ter sido segurada pelo pescoço. Ela foi atendida em um hospital de Maceió.

No questionário sobre as agressões, a vítima marcou que já havia sido ameaçada com arma de fogo e sido vítima de enforcamento, chute e empurrão. A mulher também marcou que se considerava dependente financeiramente dele e relatou que João Neto demonstraria ciúme excessivo e tentativas de controlar a vida dela.

Veja vídeo da agressão:

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