Advogado alertou a deputada Flordelis sobre busca e apreensão, momentos antes da operação
A Delegacia de Homicídios e o Ministério Público encontraram indícios de que a deputada fez parte de um esquema de fraude das provas

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Nesta quinta-feira (31), aconteceu a primeira audiência no Fórum de Niterói, do caso que envolve a deputada federal Flordelis dos Santos (PSD) na morte de seu marido, pastor Anderson do Carmo, assassinado a tiros em julho de 2019.
No inquérito da Delegacia de Homicídio de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), foi constatado que o advogado Fabiano Migueis havia informado a deputada Flordelis no dia 16 de setembro, às 23h18 que uma operação de busca e apreensão iria acontecer no apartamento funcional, gabinete do Rio de janeiro e em Brasília, as provas foram encontradas no celular da deputada.
Na manhã do dia 17 de setembro, policiais da DH realizaram a operação. No primeiro endereço, foram apreendidos os celulares de Flordelis e de uma de suas netas, Lorrane. Já no segundo, a polícia apreendeu o celular de Rayane, também neta da deputada, que mora com o marido no apartamento funcional. No terceiro logradouro, um computador que era do pastor Anderson foi apreendido.
Os dados extraídos pela DH dos celulares de Flordelis, Lorrane e Rayane foram encaminhados pelo Ministério Público estadual à Justiça para que sejam incluídos no processo respondido por dois filhos da deputada, Flávio e Lucas, que já são réus pela morte do pastor. Flordelis é investigada pela delegacia por suspeita de participação na morte do marido.
A DH e o Ministério Público encontraram indícios de que a deputada fez parte de um "esquema de fraude de provas" relativas à morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
Em documento enviado à 3ª Vara Criminal de Niterói no dia 9 do mês passado, o promotor Sérgio Luís Lopes Pereira afirma, referindo-se à correspondência, que as apreensões dos telefones celulares evidenciaram uma farsa envolvendo a deputada.