Afastado de Maduro, Lula opta por não ir à posse presidencial da Venezuela
Faltando poucos dias para a cerimônia, Brasil não foi convidado oficialmente
Foto: Ricardo Stuckert/PR
O afastamento entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Nicolás Maduro, da Venezuela, colaborou para que o petista optasse por não ir à cerimônia de posse no país, que ocorrerá no próximo dia 10 de janeiro. Faltando poucos dias para a cerimônia, o Brasil ainda não foi oficialmente convidado, porém trabalha com a viabilidade da ida da embaixadora em Caracas, Glivânia Oliveira.
Nos bastidores, o presidente se posicionou para não ir ao evento. O assessor-chefe da assessoria especial da Presidência, Celso Amorim, que trabalhou em mediações internacionais no período das eleições venezuelanas, também não deve ir.
As indicações de Lula vêm depois de vários desconfortos entre os dois países. Em julho, Lula criticou a fala de Maduro em ameaçar um “banho de sangue” e declarou que deveria ter respeito à democracia. Em seguimento, o venezuelano fez uma posição indireta. Sem tocar no nome de Lula, questionou como o resultado não seria respeitado já que iria vencer.
O Brasil ainda deu continuidade na posição para que tivesse fosse informado as atas de votação, o que não ocorreu.
A confirmação da presença brasileira ainda precisa dos convites, porém se volta para a embaixadora Glivânia Oliveira, que é a atual representante brasileira em Caracas.
A vitória de Maduro foi reconhecida com a apuração dos votos e pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, sob várias críticas da oposição.
Partidos que se posicionaram contra o atual mandatário indagaram interferência em candidaturas e rejeitaram a vitória do presidente.
Embora tenha ocorrido as posições, o venezuelano continuará no comando da Venezuela por mais seis anos. Ele ocupa o cargo desde 2013.