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Agentes da PRF demoraram a socorrer jovem baleada no RJ, afirma mãe da vítima

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na cabeça durante abordagem da PRF na véspera de Natal

Por Da Redação
Ás

Agentes da PRF demoraram a socorrer jovem baleada no RJ, afirma mãe da vítima

Foto: Reprodução

A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça na véspera de Natal durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Rio de Janeiro, demorou de ser socorrida pelos agentes. É o que afirma Deyse Rangel, de 49 anos, mãe da vítima.

Segundo ela, os policiais só ensaiaram prestar algum tipo de socorro após a intervenção de um policial militar, que constatou que Juliana ainda estava respirando.

“Os agentes da PRF não fizeram nada, não tentaram socorrer, ficaram perdidos andando de um lado para o outro. Eu me desesperei na hora, só sabia gritar. Fui para cima dele (agente da PRF) e falei: ‘Você matou a minha filha, seu desgraçado’. Ele deitou no chão, começou a se bater, pulando, mostrando que fez besteira”, disse ao OGlobo.

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 

Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, pai de Juliana que dirigia o carro, contou que o veículo foi atingido quando ele obedeceu a ordem de encostar. Segundo a família, cerca de 30 tiros foram disparados. Alexandre foi atingido na mão. 

“Eu estava vindo no Washington Luiz, liguei a seta para encostar e já foram metendo bala no meu carro. Acertou um tiro de fuzil na cabeça da minha filha. A bala que atingiu ela pegou no meu dedo. Meu carro todo cheio de bala, sem eu fazer nada. A gente foi passar o Natal na casa da minha outra filha. Estávamos com a ceia toda no carro”, contou Alexandre em entrevista à CBN.

Juliana está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em “estado gravíssimo”, segunda nota da prefeitura de Duque de Caxias. 

A patrulha da PRF era formada por dois homens e uma mulher. Todos foram afastados preventivamente das funções. Eles usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. 

Vitor Almada, superintendente da PRF no Rio de Janeiro, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro e deduziram que vinha dele. O caso também é investigado pela Polícia Federal que instaurou um inquérito.

O que diz a PRF

"Na manhã desta quarta-feira (25), a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF, determinou abertura de procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência da noite de ontem, na BR-040, em Duque de Caxias/RJ. Os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.

A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana.

Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso."

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