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Agricultura somada ao uso do solo equivale a 23% das emissões de gases do efeito estufa, diz ONU

Meta é permanecer com aquecimento global abaixo dos 2ºC

Por Da Redação
Ás

Agricultura somada ao uso do solo equivale a 23% das emissões de gases do efeito estufa, diz ONU

Foto: Thinkstock

O solo já está sob uma crescente pressão humana e com isso, as mudanças climáticas estão se somando a essas pressões. Ao mesmo tempo, permanecer com aquecimento global abaixo dos 2ºC é uma meta que só poderá ser alcançada através da redução de emissões de gases do efeito estufa em diferentes setores, que podem ser incluídos como o uso do solo e alimentação, segundo informado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) no recente relatório, divulgado na última quinta-feira (8).

O IPCC é a organização mundial que avalia o estudo do conhecimento científico a respeito das mudanças climáticas, quais os impactos dessas mudanças e os potencias riscos futuros, além de possíveis soluções para o problema. Na quarta-feira (7) houve o Sumário para Formuladores de Políticas do Relatório Especial sobre Mudanças Climáticas e Solo, que foram aprovados pelos governos mundo à fora, na reunião em Genebra, na Suíça.

O documento apresentado será uma grande contribuição científica para as negociações futuras sobre clima e meio ambiente, como a Conferência das Partes da Convenção da ONU para Combater a Desertificação (COP14), na cidade de Nova Déhli, na Índia, que será realizado em setembro; e a Conferência da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP25), que será realizada em Santiago, no Chile, em dezembro deste ano.

O relatório divulgado mostra que uma melhora da gestão do solo pode contribuir com o enfrentamento das mudanças climáticas, apesar de não ser a única solução. A diminuição das emissões de gases do efeito estufa em todos os setores é algo essencial para que o aquecimento global não tenha crescimento e fique variando sempre com valor abaixo de 2ºC ou até 1,5ºC.

No ano de 2015, os governos apoiaram a meta do Acordo de Paris, para fortalecer a resposta global relativa às mudanças climáticas e manutenção da temperatura média global abaixo dos 2ºC, acima dos níveis pré-industriais. A meta estabelecida também prevê esforços com intenção de limitar o aumento a 1,5ºC.

É necessário que o solo permaneça produtivo para ter condições de sustentar a segurança alimentar, conforme o aumento da população, além dos impactos negativos das mudanças climáticas sobre a vegetação. O que significa, que existem limites à contribuição do solo para o enfrentamento de possíveis mudanças climáticas, como por exemplo, plantio de culturas energéticas, ou seja, espécies de vegetais, que são cultivadas para produção de energia, como também o plantio de florestas. Um outro desafio é demora das árvores em armazenar carbono de forma efetiva nos solos.

A bioenergia deve ser gerida de maneira cuidadosa para evitar possíveis riscos à segurança alimentar e a biodiversidade, quanto também riscos de degradação do solo. Os resultados que são desejados, irão depender de políticas e de sistemas de governança apropriadas para os contextos locais.

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