AGU cobra R$ 893 milhões de desmatadores da Amazônia
Em 27 ações, o órgão busca reparação por danos ambientais causados em 35 mil hectares
Foto: Reuters
A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou a Justiça para cobrar R$ 893 milhões de desmatadores da Amazônia Legal. Em 27 ações, o órgão busca a reparação por danos ambientais causados em 35 mil hectares. As ações foram protocoladas pela Força-Tarefa em Defesa da Amazônia, no último dia 15, e pedem a indisponibilidade de bens de 23 réus e de 41 responsáveis solidários, pessoas correlatas ao crime.
De acordo com a coordenadora da Força-Tarefa, Renata Periquito Cunha, o bloqueio visa garantir que os investigados não tomem medidas para ocultar o patrimônio. Os dados do sistema de monitoramento por satélite Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que o desmatamento na Floresta Amazônica cresceu 33% entre agosto de 2019 e julho de 2020 em comparação com o mesmo período entre 2018 e 2019. Neste período, um total de 9.205 km² de floresta foi derrubada, um aumento expressivo em relação aos 6.844 km² registrados no período anterior. Os números são os maiores desde o início da série do Deter, que começou em 2015.
A força-tarefa da AGU foi criada em setembro de 2019 e este é o terceiro lote de ajuizamentos de ações desde então. Até o momento, os procuradores federais e advogados da União conseguiram, na Justiça, a autorização de pedidos de bloqueio que equivalem a R$ 571 milhões. Foram abrangidos os municípios de: Alto Paraíso (RO), Ulianópolis (PA), Marabá (PA), Nova Maringá (MT), Lábrea (AM), Machadinho D´Oeste (RO), Nova Aripuanã (AM), Santa Cruz do Xingu (MT), Mucajaí (RR), São Feliz do Xingú (PA), Manicoré (AM), São Felix do Araguaia (MT), Peixoto de Azevedo (MT).