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AGU recorre da decisão do TCU de fiscalizar os presentes recebidos por Lula durante o mandato

Recurso pede que presentes de Lula sejam auditados ao final do mandato

Por Da Redação
Ás

AGU recorre da decisão do TCU de fiscalizar os presentes recebidos por Lula durante o mandato

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A Advocacia Geral da União (AGU) recorreu da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de fiscalizar, ainda durante o atual mandato de Lula, os presentes recebidos pelo petista como presidente da República. O recurso foi protocolado na última sexta-feira (2).

Na ação, a AGU solicita que o TCU siga seu próprio entendimento de que auditorias envolvendo presentes recebidos por presidentes da República após o fim do mandato. No recurso, chamado de embargos de declaração, a AGU  pede que o tribunal esclareça sua decisão.  

A fiscalização de presentes presidenciais durante o mandato era algo inédito até então. A praxe é que o TCU fiscalize os itens recebidos apenas após o fim do governo, como ocorreu com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A decisão do TCU de auditar e fiscalizar o acervo de Lula atendeu a um pedido feito por parlamentares bolsonaristas da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

O relator do caso é o ministro Augusto Nardes e o voto dele foi referendado em menos de 25 segundos pelos demais ministros do TCU em sessão realizada em dezembro.

No recurso apresentado, a Advocacia-Geral da União (AGU) diz que o setor da Presidência da República que é responsável por cuidar do patrimônio e do acervo presidenciais se organiza para fazer a prestação de contas ao final do mandato; e  que haveria dificuldade de se adaptar à determinação do TCU de elencar anualmente os presentes recebidos.

O pedido de auditoria foi realizado pelo deputado Junio Amaral (PL-MG) na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, e acabou sendo aprovado por unanimidade pelos magistrados do tribunal no final do ano.

A solicitação do parlamentar foi apresentada ao TCU pela deputada Bia Kicis (PL-DF), presidente da comissão na Câmara.

A área técnica do tribunal se manifestou contrária ao pedido, alegando que o TCU já definiu que as auditorias sobre o acervo de presentes de presidentes devem ser realizadas ao final do mandato.

O parecer menciona ainda o caso envolvendo Bolsonaro, que está sob os cuidados de Nardes e que ainda irá a julgamento, o que deverá influenciar a forma de classificação dos presentes dados aos mandatários.

No entanto, o ministro Augusto Nardes, relator do pedido, divergiu do parecer técnico assinado pelo auditor do TCU e afirmou, em seu voto, que a recomendação da área técnica vai na direção contrária do que prevê a Constituição Federal.

Nardes sustenta que a Constituição e a lei que define as atribuições do TCU preveem que o tribunal tem de proceder à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.
 

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