Alana Maldonado é bicampeã paralímpica no judô
A brasileira, líder do ranking mundial, vibrou e ergueu os braços após superar pela primeira vez a rival chinesa
Foto: Alexandre Schneider/CPB
Alana Maldonado, 29, chegou ao bicampeonato paralímpico na Arena Campo de Marte, nesta sexta (6), nos Jogos de Paris, ao derrotar a chinesa Yue Wang, 27, na final feminina da categoria até 70 kg, categoria J2 do judô.
A brasileira, líder do ranking mundial, vibrou e ergueu os braços após superar pela primeira vez a rival chinesa.
"Nós nos enfrentamos três vezes [antes]. Foram todas lutas pau a pau, bem disputadas, mas acabei perdendo as três", disse, antes do confronto. "Mas hoje é o dia", avisou.
Alana dominou a luta desde o princípio e logo aos 36 segundos conectou um ko-soto-gari, mas a arbitragem não considerou a pontuação. Só depois de uma revisão, o wazari foi anotado a favor da brasileira.
Pouco depois da metade, uma nova pontuação a favor da brasileira lhe rendeu a vitória por ippon.
Os judocas são separados em duas categorias de deficiência visual: J1 (cegos totais ou com percepção de luz) e J2 (atletas que conseguem definir imagens).
Alana é do mesmo peso de Brenda Freitas, que ganhou a medalha de prata minutos antes, mas na classe J1. Em Paris, essa é a primeira vez que a modalidade tem a divisão na classificação.
Alana é a única representante do judô feminino do Brasil com medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos, agora com duas.
A paulista de Tupã descobriu a doença de Stargardt (que causa perda de visão progressiva) aos 14 anos. Já praticava judô desde os quatro, mas, somente em 2014, quando entrou na faculdade, começou no paradesporto.