Álbum Nevermind, do Nirvana, completa 30 anos nesta sexta-feira
Obra segue conquistando novas gerações de fãs
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O segundo álbum do Nirvana, intitulado “Nevermind”, completa 30 anos nesta sexta-feira (24). Em setembro de 1991, o disco “do bebê pelado nadando atrás do dólar” chegou às lojas e em pouco mais de três meses se tornou líder das paradas norte-americanas, tirando a posição que era de Michael Jackson. Além disso, o primeiro single, “Smells Like Teen Spirit”, se tornou o hino definitivo da década de 1990.
Recentemente, a capa do álbum mais famoso da década de 90 virou motivo de ação na Justiça. Isso porque Spencer Elden, o bebê da capa, hoje um adulto de 30 anos, processou a banda por uso indevido de imagem e pornografia infantil. A estampa emblemática acaba sendo mero detalhe. Por méritos próprios, Nevermind talvez seja o álbum mais importante do rock das últimas décadas, e provavelmente o último relevante do gênero como um todo.
Foi um conjunto de fatores que levou uma banda desconhecida formada nos arredores de Seattle a ser contratada por uma grande gravadora. Em 2003, a revista Rolling Stone colocou Nevermind na décima-sétima posição entre os 500 maiores álbuns de todos os tempos; na revisão da lista, em 2020, mandou para a sexta posição.
Especialistas e fãs do sucesso do Nirvana são unânimes a respeito dos principais motivos que levam Nevermind a ainda conquistar novos fãs. “As músicas são realmente ótimas”, disse à CNN o jornalista norte-americano Michael Azerrad, autor da biografia oficial “Come As You Are: A História do Nirvana”. “Há algo nelas que não pode ser explicado, que toca qualquer alma que esteja aberta para sentir. Essa é a magia da música, e é atemporal. Algumas pessoas querem coisas reais, e a música do Nirvana é inconfundível e poderosamente real”, completou.
Nevermind foi gravado entre maio e junho de 1991, no estúdio Sound City, em Los Angeles. Bancada pela gravadora DGC (selo da Geffen), a produção comandada por Vig teve um custo de US$ 65 mil, um valor mais de cem vezes maior do que os US$ 600 gastos para a gravação de Bleach, de 1989, lançado pelo selo independente Sub Pop.