Alckmin afirma que apoio a setores afetados por tarifaço pouco impactarão nas contas públicas
"Brasil Soberano" foi lançado para auxiliar exportadores que vendem para os EUA

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (19) que as medidas de apoio a setores afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos impactaram pouco nas contas públicas.
O plano "Brasil Soberano" foi lançado na última quarta-feira (13) pelo Governo Federal, com ações para socorrer exportadores que comercializam para os EUA. O destaque é a elaboração de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, condicionada à manutenção de empregos.
O plano inclui ainda:
Prorrogação por um ano do prazo para exportar mercadorias com insumos beneficiados pelo "drawback" (mecanismo que suspende ou isenta tributos sobre insumos utilizados na fabricação de produtos exportados);
A Receita Federal poderá adiar a cobrança de impostos das empresas que foram mais afetadas pelo tarifaço, prática que já foi adotada na pandemia de Covid-19;
Empresas exportadoras terão crédito tributário para desonerar vendas externas: até 3,1% de alíquota para grandes e médias, e até 6% para micro e pequenas empresas.
Durante evento promovido pelo banco Santander, Geraldo Alckmin também destacou que o Governo trabalha permanentemente pela exclusão de produtos da tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump e pela redução da alíquota.
Alckmin ainda reforçou que os números positivos para os EUA na balança comercial com o Brasil e disse que as negociações com os americanos é possível.
"Tive três encontros por videoconferência com o secretário de comércio, Howard Lutnick, e destaquei que o Brasil é um bom parceiro, porque há 15 anos os EUA têm superávit comercial com o Brasil", afirmou.
"Os EUA têm déficit enorme de comércio: US$ 1,2 trilhão de dólares [em 2024]. Mas, entre os países do G20, os norte-americanos só têm superavit com três: Brasil, Reino Unido e Austrália", emendou, sem mencionar o Canadá, que também vende mais aos EUA do que importa.