Alckmin defende aumento de mistura do biodiesel no diesel
Atualmente, a adição obrigatória de biodiesel está em 10%, abaixo do percentual estabelecido
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), defendeu nesta sexta-feira (24) o aumento do percentual de biodiesel a ser acrescido no diesel.
Atualmente, a adição obrigatória de biodiesel está em 10%, abaixo do percentual estabelecido na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), definida durante o governo Bolsonaro. O governo Lula decidiu manter o percentual de 10% até março, quando deverá ser decidido se a mistura volta a subir e para qual percentual.
"Nós precisamos aumentar o percentual do bio no diesel. Está em 10%, já foi 13%, foi reduzido no governo passado para 10%. Isso prejudica o meio ambiente, prejudica a indústria, gera menos emprego, agrega menos valor. Então é importante a retomada do bio no diesel, você melhora o diesel, ajuda o meio ambiente, diminui emissão de carbono", afirmou, após reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Caso haja aumento da mistura, pode gerar impacto no preço do diesel vendido ao consumidor, devido aos custos das matérias-primas do biodiesel, em especial da soja.
Discussão do novo percentual
O novo percentual de mistura deve ser discutido em março, durante reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a ser convocada. Segundo a política do Renovabio, suspensa pelo governo, o percentual deveria estar em 14% desde março de 2022 e passar a 15% em março deste ano.
Quanto maior o percentual de biodiesel a ser acrescido ao diesel, melhor para a agricultura, pois as matérias-primas do biodiesel são soja, algodão, canola, dendê, entre outras.