Alckmin diz que EUA querem doar recursos 'vultosos' para o Fundo Amazônia
John Kerry falou sobre meio ambiente com altos funcionários do governo brasileiro
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin afirmou, nesta segunda-feira (27), que o enviado especial para o Clima da Casa Branca (EUA), John Kerry, se comprometeu a buscar recursos "vultosos" para o Fundo Amazônia. O estadunidense se reuniu com autoridades brasileiras no Itamaraty.
"O enviado John Kerry não definiu valor, mas colocou que ele vai se empenhar junto ao governo, junto ao Congresso americano e junto à iniciativa privada para termos recursos vultosos, não só no Fundo da Amazônia como também outras cooperações", relatou Alckmin.
O vice-presidente afirmou que os principais temas abordados em mais de duas horas de discussões foram, além da mudança climática, o desmatamento, a descarbonização e a transição energética.
Ele reiterou o compromisso do Brasil com medidas para mitigar os efeitos do aquecimento global. A posição do governo brasileiro é vista de forma positiva pelos parceiros internacionais, que criticavam a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Na última semana, nós tivemos uma tragédia no litoral (de SP) e simultaneamente seca no Sul do Brasil. A mudança climática leva a esses extremos que colocam em risco a segurança, a questão social e a economia. O Brasil tem compromisso de combater as mudanças climática", afirmou Alckmin.
A informação do governo americano é que o valor que será doado ao Brasil para combater o desmatamento da floresta amazônica e promover programas sociais e de desenvolvimento econômico na região ainda será definido junto com o Congresso americano. Foi o que explicou, há cerca de dez dias, a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley.
Reunião de presidentes
No dia 10 de fevereiro, em uma reunião em Washington, os presidentes Biden e Lula relançaram o grupo de trabalho bilateral encarregado de discutir medidas para mitigar os efeitos da crise climática. Entre as ações estão coibir e reverter o desmatamento, avançar na transição para a energia limpa e construir uma bioeconomia forte.