Alcolumbre coloca responsabilidade por rachadinha em chefe de gabinete
Paulo Boudens estabelecia quanto cada funcionária iria receber

Foto: Agência Brasil
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi beneficiário de um esquema de rachadinha que envolveu seis ex-funcionárias do gabinete do parlamentar — todas mulheres, pobres e moradoras da periferia do Distrito Federal. As informações são da Veja.
Elas emprestavam o nome e o CPF, abriam conta no banco e, contratadas como assessoras, repassavam o cartão e a senha a pessoas da confiança do senador. Os salários variavam entre 4 000 e 14 000 reais.
Estima-se que a fraude tenha rendido aproximadamente 2 milhões de reais durante o tempo em que durou, entre janeiro de 2016 a março deste ano.
Em entrevista a Veja, Alcolumbre não negou a existência do esquema. Disse apenas que o desconhecia, já que a parte administrativa do gabinete, segundo ele, ficava sob a responsabilidade de outra pessoa: Paulo Augusto de Araújo Boudens, braço direito de Davi Alcolumbre.
Alcolumbre, porém, sabia de tudo. Uma das ex-funcionárias, a diarista Marina Ramos Brito, revelou que conversou pessoalmente com o senador antes de ser contratada. Na ocasião, o parlamentar resumiu como funcionava o esquema: “Eu te ajudo e você me ajuda”. Marina foi admitida como assessora parlamentar, seu salário passava de 14 000 reais, mas ela só ficava com 1 350 reais. O resto do dinheiro ajudava o senador.