Aleixo Belov é homenageado em Dikson durante expedição inédita pela Passagem Nordeste!

Aos detalhes.

Por Michel Telles
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Aleixo Belov é homenageado em Dikson durante expedição inédita pela Passagem Nordeste!

Foto: Ádamo Mello

O queridíssimo navegador baiano Aleixo Belov, de 82 anos, segue firme em sua mais desafiadora jornada: atravessar a temida Passagem Nordeste, rota que conecta o Atlântico ao Pacífico pelo norte da Sibéria, na Rússia. Na última segunda (28), o velejador informou à equipe de apoio no Brasil que chegou com sucesso à cidade de Dikson, um dos pontos mais remotos do Ártico russo.                                                         
A chegada foi marcada por uma calorosa recepção por parte da administração local – equivalente à prefeitura da cidade –, que foi até o porto para dar as boas-vindas à tripulação do veleiro Fraternidade. Em um gesto simbólico de reconhecimento, Belov recebeu uma medalha da cidade, comparada à tradicional “chave da cidade” oferecida a visitantes ilustres. A equipe também foi presenteada com um prato típico da região, preparado especialmente para a ocasião.

Com acesso extremamente limitado à internet na região, as comunicações têm sido escassas, o que dificulta o envio de imagens ou atualizações frequentes. Mesmo assim, Belov se mostrou animado com o feito e comunicou que a próxima etapa da jornada terá início assim que o gelo derreter.

A travessia da Passagem Nordeste é considerada uma das mais difíceis do mundo, sendo tradicionalmente feita por grandes navios quebra-gelo. Com apenas três semanas por ano em que o mar descongela parcialmente, a janela de oportunidade é estreita. Belov conta com uma tripulação mista, formada por brasileiros e russos, incluindo o experiente capitão Sergei Shcherbakov, fundamental para auxiliar na comunicação e nos trâmites locais, já que a região é considerada de interesse militar pela Rússia.

Em 2022, Belov já havia completado a travessia da Passagem Noroeste, pelo norte do Canadá. Agora, busca completar a façanha pelo outro lado do Ártico, enfrentando não só o frio extremo, mas também os próprios limites físicos. “Já naveguei por todos os mares, só falta a Sibéria”, declarou antes de partir.

Nascido na Ucrânia e naturalizado brasileiro, Belov já deu cinco voltas ao mundo e é autor de livros e idealizador do Museu do Mar Aleixo Belov, em Salvador. Com esta nova expedição, reforça sua posição como o maior navegador brasileiro da história e segue provando que a coragem e a paixão pelo mar não têm idade.

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