Além da música, Gal Costa marcou política brasileira durante a ditadura
Em 1971, artista se consagrou como uma espécie de "musa do desbunde"
Foto: Divulgação
Ícone da música popular brasileira, a cantora Gal Costa também deixou sua marca na política. Em 12 de outubro de 1971, no Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, a artista baiana que morreu nesta quarta-feira fazia o show "Gal a Todo Vapor", também conhecido como "Gal Fa-Tal", e desafiava a ditadura militar. Naquela época, a artista se consagrou como uma espécie de "musa do desbunde" e vertente solar da contracultura brasileira.
Sua banda era formada por Lanny Gordin, guitarrista e responsável pelos arranjos, Novelli no baixo, Jorginho Gomes na bateria e Baixinho na tumbadora. Com produção de Paulinho Lima e direção artística de Waly Salomão, o "Fa-Tal" seduziu os desgarrados da esquerda e os nauseados com o poder militar.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Gal disse não compreender totalmente o porquê do disco gravado ao vivo ter se tornado tão celebrado. "Ele se tornou mítico. Até hoje as pessoas gostam e curtem, principalmente a galera mais nova. Cultuam esse disco", disse a artista.
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