Alexandre de Moraes prorroga inquérito contra Bolsonaro por associar vacina da Covid-19 a Aids
A investigação foi prolongada pelo período de 60 dias
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou o inquérito que investiga as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) associando as vacinas contra a Covid-19 com a Aids por mais 60 dias.
O magistrado também autorizou que a Polícia Federal encaminhe um ofício ao Google para que a empresa envie o vídeo completo em no máximo dez dias.
Em uma “live” no mês de outubro, Bolsonaro leu uma notícia aparentemente falsa que associou a vacina ao desenvolvimento do vírus da Aids. Um tempo depois, as plataformas digitais tiraram o vídeo do ar.
A decisão do ministro atende a um pedido da Polícia Federal, feito pela delegada da PF Lorena Lima Nascimento na semana passada. A investigação foi aberta no dia 3 de dezembro de 2021, a partir de uma notícia-crime apresentada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM).
Quando determinou a abertura da investigação, o ministro do STF disse não ter dúvidas de que a conduta do presidente na propagação de notícias fraudulentas sobre a vacinação usa "do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais".
Por isso, Moraes defendeu que a investigação é imprescindível "especialmente diante da existência de uma organização criminosa" que já foi identificada em outros dois inquéritos que tramitam na Corte.