Alta de juros faz financiamento de imóveis ficar mais caro para quem adquiriu na planta
Para especialistas, quem comprou imóvel e aguarda a retirada das chaves este ano pode ter que comprovar uma renda maior ao banco
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Brasileiros que compraram imóveis ainda na planta há dois ou três anos estão enfrentando sustos ao fecharem contratos de financiamento. Isso porque a Selic e a inflação estão em disparada, e há expectativa de mais aumento após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em abril.
Ao comprar um imóvel na planta, o consumidor, em geral, dá uma entrada e paga parcelas à construtora durante as obras. Uma vez entregue, no entanto, o restante do valor devido é financiado por um banco. E esse contrato de financiamento leva em conta o juro vigente no momento em que é firmado – e não no momento da compra do imóvel.
Uma pessoa que adquiriu um imóvel na planta no final do ano passado, por exemplo, pode enfrentar um aumento de 5 pontos percentuais na taxa básica de juros, a Selic. Para especialistas, quem comprou imóvel e aguarda a retirada das chaves este ano pode ter que comprovar uma renda maior ao banco.
O mutuário também deve comparar as taxas cobradas pelo seguro — exigido em todos os financiamentos imobiliários — e ficar atento a serviços extras embutidos pelos bancos no contrato, como cartão de crédito, previdência privada, entre outros.