Alta do diesel faz preço do frete crescer ao menos 8,75% no Brasil
Com o reajuste, no dia 11 de março, o preço médio do adustível foi de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro
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Após o reajuste de 24,9% no diesel, as empresas começaram a incluir os gastos nos fretes, como informou a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) Segundo a instituição, a alta do combustível fez com que as firmas aumentassem, no mínimo, em 8,75% o preço do serviço.
Conforme a entidade, esse repasse deveria ser ainda maior, na casa dos 30%, para recompor todas as elevações registradas nos últimos meses. O novo reajuste da Petrobras passou a ser aplicado para as distribuidoras no dia 11 de março. O preço médio do diesel foi de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
De acordo com dados da NTC & Logística, a malha rodoviária responde por cerca de 60% do transporte de produtos no Brasil. Dessa forma, a alta dos combustíveis gera impacto direto sobre as mercadorias que chegam à casa dos consumidores.
Antes do reajuste anunciado pela Petrobras, o avanço dos insumos já indicava a necessidade de uma alta de 18,58% nas cargas fracionadas (quando um veículo transporta mais de um produto) e 27,65% na carga lotação (carga única que preenche todo o veículo), avalia o Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custo, Tarifas e Mercado (Conet) da NTC & Logística. Com o aumento do diesel, os índices deveriam subir para 28,96% e 38,82%, respectivamente.
Segundo o vice-presidente da NTC & Logística e presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga-RJ), Eduardo Ferreira Rebuzzi, o reajuste nos preços é inevitável.
“O repasse do diesel, de 24,9%, que corresponde a 8,75%, 10% dos custos, as empresas estão conseguindo repassar porque foi um aumento muito puxado, muito impactante. Se não repassar, vai parar de trabalhar. O restante, a gente pode ir negociando como já estava negociando, mas esse aumento do diesel tem que ser de uma vez só”, ressaltou.
Rebuzzi também destaca que somente o combustível acumulou uma alta de cerca de 50% em 2021. Com isso, as empresas ainda negociavam com os clientes as atualizações do ano passado quando surgiu o novo reajuste do diesel.
