Alta do etanol na gasolina para 30% será examinada pelo Governo
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) irá definir sobre aumento gradual do composto do etanol à gasolina

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou na última segunda-feira (17) que irá levar para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), também em 2025, o aumento gradualmente, de 27% para 30%, do composto do etanol à gasolina.
O CNPE, órgão que assessora o presidente da República, é que estabelece sobre a implementação da mistura.
Silveira comunicou que a resolução vai para o conselho ao participar do evento “Combustível do Futuro: Rumo ao E30 e à Autossuficiência da Gasolina“, em Brasília (DF).
“Hoje é dia de celebrar: os testes confirmaram que o E30 é viável tecnicamente”, declarou Silveira. “O E30 é seguro para nossa frota de duas e quatro rodas. Ele não prejudica o desempenho dos veículos, ao contrário.”
Alexandre Silva salientou as aplicações no setor do etanol nas últimas décadas e disse em “sinergia” da indústria automobilística, do agronegócio, da agricultura familiar e do setor energético.
Testes
No momento do evento, foram divulgados os resultados dos testes para o avanço da mistura do etanol à gasolina a 30% (E30), feitos pelo Instituto Mauá de Tecnologia, com o suporte de fabricantes de veículos (Anfavea, Sindipeças, Abraciclo, ABEIFA e outros representantes).
O ministro salientou os investimentos na esfera do etanol nas últimas décadas e disse em “sinergia” da indústria automobilística, do agronegócio, da agricultura familiar e do setor energético.
Os ensaios, feitos em 16 automóveis e 3 motocicletas, classificaram critérios de dirigibilidade, desempenho e emissões. Os testes, organizados pelo MME, chegaram a conclusão que as diferenças achadas não são impedimentos para a adoção do E30. “Não são diferenças significativas a ponto de afetar o motorista no dia a dia”, declarou a engenheira Luana Camargos, do Instituto Mauá. Ela esclareceu que são aguardadas distinções entre um combustível e outro.
As pesquisas de viabilidade serão levadas para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão que assessora o presidente da República e que determina sobre o começo da implementação da mistura.