Economia

Aluguel aumentou 13,5% em 2024; Salvador teve a maior alta com 33,07%

Índice FipeZap excede a inflação oficial

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Aluguel aumentou 13,5% em 2024; Salvador teve a maior alta com 33,07%

Foto: Divulgação/Diogo Moreira/MáquinaCW/Governo do estado de São Paulo

O preço médio do aluguel residencial no Brasil aumentou 13,5% em 2024, segundo o Índice FipeZap. O valor do metro quadrado (m²) chegou a R$ 48,12, segundo o levantamento. A alta excede a inflação oficial, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, é uma desaceleração comparado aos dois anos anteriores: 2022 (16,55%) e 2023 (16,16%).

A pesquisa é realizada e conta com a parceria entre a plataforma de anúncio de imóveis Zap e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que relação com à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). O estudo observa os preços de locação de apartamentos prontos em 36 cidades do Brasil, sendo 22 capitais, a partir de informações de anúncios veiculados na internet.

A alta de 13,5% no ano passado é equivalente ao triplo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), investigado pelo IBGE, que juntou 4,83% em 2024. Ainda, é o dobro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), frequentemente chamado de “inflação do aluguel”, visto que costuma reparar de ano a ano os contratos de moradia. O IGP-M terminou 2024 em 6,54%.

Segundo a Fipe, em 2024 o aluguel elevou mais que o preço médio de venda de imóveis residenciais, que aumentou 7,73%. 

Um quarto mais caro

A pesquisa indica que o aluguel do imóvel de um quarto foi o que mais aumentou, 15,18%, superando a evolução dos domicílios de dois (12,71%), três (12,52%) e quatro ou mais dormitórios (14,17%). “Em 2022, o que vimos no mercado de locação foi a recomposição dos preços do período pandêmico, em que os proprietários suspenderam os reajustes de preços; em 2023 e, mais fortemente em 2024, o setor passou a ser favorecido pelo contexto macroeconômico. O emprego que é um fator importante para o mercado de locação, em 2024, atingiu seu recorde, impactando positivamente o setor”, classifica a economista do DataZap, Paula Reis.

No que se refere ao preço do metro quadrado (m²), o imóvel de um quarto também é mais caro (R$ 63,15). Uma residência de dois quartos era divulgada a R$ 44,84, em média.

Entre as capitais, Salvador teve a maior alta médio no aluguel, 33,07%, acompanhada por Campo Grande (26,55%) e Porto Alegre (26,33%). São Paulo (11,51%) e Rio de Janeiro (8%) tiveram ampliações de preço abaixo da média do Índice FipeZap. Maceió foi a que teve o menor aumento (3,35%), sendo a única capital que ficou inferior a inflação oficial do IBGE.

Os pesquisadores explicam que o índice FipeZap julga os preços de anúncios para novos aluguéis. “Não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o índice capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo”, classifica a instituição.

Maior cidade do Brasil, São Paulo é a capital com o metro quadrado (m²) residencial mais caro para locação. Veja o ranking:

São Paulo: R$ 57,59/m²

Florianópolis: R$ 54,97/m²

Recife: R$ 54,95/m²

São Luís: R$ 52,09/m²

Belém: R$ 51,83/m²

Maceió: R$ 51,51/m²

Rio de Janeiro: R$ 48,81/m²

Manaus: R$ 48,22/m²

Brasília: R$ 46,80/m²

Salvador: R$ 44,22/m²

Vitória: R$ 43,71/m²

Belo Horizonte: R$ 41,85/m²

Curitiba: R$ 41,59/m²

João Pessoa: R$ 41,45/m²

Porto Alegre: R$ 40,00/m²

Cuiabá: R$ 39,83/m²

Goiânia: R$ 39,53/m²

Natal: R$ 36,01/m²

Campo Grande: R$ 32,66/m²

Fortaleza: R$ 32,61/m²

Aracaju: R$ 24,90/m²

Teresina: R$ 22,49/m²
 

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