Alvos de operação da Polícia Civil do DF transferiram R$ 123 mi para o exterior
Investigações estão sendo feitas em outros três estados
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão relacionados a operação Gotemburgo nesta quinta-feira (10), foram identificadas, a princípio, fraudes contabilizadas em pelo menos onze processos de licitação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O prejuízo estimado está avaliando em cerca de R$ 123,2 milhões.
Segundo as investigações que também estão sendo feitas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, a empresa Med Lopes, que tinha sede em João Pessoa, na Paraíba, era totalmente controlada por Miguel Iskin e Oscar Iskin, tratando-se de empresa de fachada e que vendia equipamentos médicos produzidos pelo Grupo Getinge.
Os valores foram transferidos para o exterior em contas na Suécia, China, Estados Unidos, França e Polônia, com pagamentos em euro e dólar feitos via carta de crédito pela Saúde do Distrito Federal para contas bancárias de empresas ao redor do mundo.
Após recebimento dessa parcela dos contratos formalizados com a Saúde do Distrito Federal, Miguel Iskin distribuía, segundo as apurações, vantagens indevidas entre todos os personagens envolvidos nas fraudes licitatórias, inclusive para os servidores públicos.
Em relação à organização criminosa, Miguel Iskin e Gustavo Estellita coordenavam, segundo as investigações, toda a arquitetura criminosa engendrada, contando com apoio de funcionários de confiança da empresa Oscar Iskin e, ainda, apoiado por empresários associados, como Claudio Haidamus.