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Amazonas ignorou alertas da White Martins seis meses antes da crise

O primeiro, do dia 16 de julho, foi encaminhado à Secretaria de Saúde do Amazonas no dia

Por Da Redação
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Amazonas ignorou alertas da White Martins seis meses antes da crise

Foto: Agência Brasil

Ao menos dois alertas foram feitos sobre uma possível falta de oxigênio no Amazonas, seis meses antes do caos acontecer no estado. Os alertas, feitos pela fornecedora de oxigênio White Martins, foi ignorado pelo governo local, segundo relatório do Departamento Nacional de Auditoria do SUS.

O primeiro, do dia 16 de julho, foi encaminhado à Secretaria de Saúde do Amazonas no dia. “Avaliando os volumes contratados por Vossas Senhorias, já pudemos constatar que os mesmos não suportarão o consumo que atualmente estão praticando. Por outro lado, preocupa-nos que, neste momento excepcional, de tão alta demanda, há possibilidade de termos que tomar a difícil decisão de atender somente os clientes em seus limites, prazos e condições comerciais contratadas, até porque, muito embora a indiscutível situação de calamidade, que indica uma maior flexibilização nas contratações, em todos os casos persiste a máxima de qualquer dispêndio público só é possível mediante formalização de contrato prévio, observadas a hipóteses e justificativas legais. Por isso é imperioso que se tomem medidas preventivas imediatas em relação ao atendimento desta secretaria, até porque são referentes a atendimento de indiscutível suporte à vida. Assim, nossa sugestão é que Vossas Senhorias possam, desde já, providenciar o acréscimo nos volumes contratados, de 25% nos termos da lei que afeta à matéria”, escreveu Petrônio Bastos, gerente-executivo da empresa, como mostra o arquivo da CNN. 

O segundo alerta, já no dia 11 de setembro, enviado a área técnica da Secretaria de Saúde do Estado, "concluiu que o percentual de 21,9152% não atenderia as necessidades da Secretaria, em função da alta crescente nos números de casos confirmados da Covid-19 no Estado. Diante de tal situação, foi efetuado encaminhamento para superior deliberação quanto ao acréscimo não mais de 25% e, sim, de 46,9152% do contrato, amparado pelo artigo 4º-I da Medida Provisória nº 926/2020”

Em janeiro deste ano, os hospitais do Amazonas registrou o colapso no sistema de saúde do estado, que culminou com o fim da disponibilização de oxigênio para pacientes da Covid-19.

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