Ameaças ao STF chegaram a mil desde o 8 de janeiro até atentado à bomba
Cartas, e-mails, telefonemas e mensagens são direcionadas até para os ministros
Foto: Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, desde o dia 8 de janeiro do ano passado até o atentado em frente à Estátua da Justiça, na quarta-feira (14), o total de mil ameaças, uma média de três intimidações por dia. Contra ministros e contra a integridade da Corte, as ameaças chegavam por diversos meios, incluindo e-mail, carta e telefone.
Para receber as cartas, a Corte já possui um protocolo severo de aceitação, com uso de raio-x e triagem dos profissionais. As ameaças levam a segurança do STF a manter em um banco de dados pessoais que possam ser potenciais autores de ataques. O monitoramento considera premissas como: ter arma de fogo; ser ativa nas redes sociais com discurso antidemocrático ou explicitamente contra o STF; ter muitos seguidores; poder aquisitivo para viajar e orquestrar atos, entre outros.
Desde o atentado de quarta, nas últimas 24 horas, o Supremo recebeu oito e-mails anônimos enaltecendo o ataque de Francisco Wanderley Luiz, um número atípico de mensagens em um curto espaço de tempo. Na ocasião, o homem era dono de um carro que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, mantinha bombas em uma casa alugada em Ceilândia–DF e se suicidou vestindo uma roupa com naipes de baralho, em suposta alusão ao personagem Coringa.
A maioria dos e-mails são da plataforma Proton Mail, que tem como prioridade o anonimato do usuário. No conteúdo, o homem-bomba é colocado como mártir. Veja o e-mail abaixo:
"Esclarecemos que Francisco Luiz, agora no céu junto com o pai, foi apenas um dos inúmeros mártires de nossa luta contra vós, a escória satânica do STF"