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América Latina se divide entre apoio, críticas e cautela após ataques dos EUA ao Irã

Resposta dos países latino-americanos revela posições divergentes sobre ofensiva dos EUA contra o Irã

Por Da Redação
Ás

Atualizado
América Latina se divide entre apoio, críticas e cautela após ataques dos EUA ao Irã

O ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irã, ocorrido no último sábado (21), provocou reações distintas entre os governos latino-americanos. As manifestações variaram entre apoio, repúdio e posicionamentos de cautela.

Na Argentina, o presidente Javier Milei demonstrou alinhamento com os EUA. Em suas redes sociais, Milei compartilhou mensagens de apoio ao ex-presidente Donald Trump e ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, além de reforçar críticas ao Irã, citado por autoridades argentinas como responsável por atentados ocorridos em Buenos Aires na década de 1990.

O governo paraguaio também sinalizou apoio. Em comunicado, a chancelaria reafirmou a defesa do direito de Israel à proteção de sua existência e mencionou “acompanhamento às ações levadas adiante pelos países aliados”.

Na direção oposta, Chile, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Cuba e Peru criticaram a ofensiva norte-americana. O presidente chileno Gabriel Boric classificou o ataque como uma violação ao direito internacional. “O Chile condena este ataque dos EUA. Defenderemos o respeito ao direito internacional humanitário em todas as instâncias”, afirmou.

A Colômbia, por meio do presidente Gustavo Petro e de sua chancelaria, questionou a legalidade da ação, ressaltando que bombardeios a instalações nucleares devem seguir autorização prévia do Conselho de Segurança da ONU. “A Colômbia repudia o uso unilateral da força”, destacou o governo em nota oficial.

Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro chamou o episódio de “vil ataque” e “ação criminosa que viola normas do direito internacional e a Carta da ONU”. O Ministério da Defesa venezuelano também alertou para possíveis impactos no mercado de petróleo em razão da tensão na região.

O governo boliviano, comandado por Luis Arce, descreveu a ação dos EUA como “arbitrária” e destacou os riscos de uma escalada de violência global. Já o Peru, liderado por Dina Boluarte, expressou “extrema preocupação” e pediu prioridade ao diálogo diplomático.

Cuba, por sua vez, classificou os bombardeios como uma “grave violação do direito internacional” e alertou para os riscos de uma crise de consequências irreversíveis.

O México adotou um tom mais moderado. A presidente Claudia Sheinbaum preferiu citar o papa Francisco ao reforçar a defesa da paz. “A guerra é o maior fracasso da humanidade”, escreveu, reiterando o compromisso do país com a solução pacífica de conflitos.

 

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