André Mendonça envia à PGR ações contra Bolsonaro por mudanças no Iphan
Presidente virou alvo de ações após dizer que demitiu diretores por interdição de obra de Luciano Hang
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), André Mendonça enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) três notícias-crime protocoladas por parlamentares contra o chefe do Palácio do Planalto.
Bolsonaro é alvo de ações sob acusação de ter cometido os crimes de corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa em favor do empresário Luciano Hang.
Das três notícias-crime, uma delas foi protocolada em conjunto pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que acusam o presidente de advocacia administrativa.
A outra é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que, além da advocacia administrativa, acrescenta crime de prevaricação. A terceira é de autoria da deputada Natália Bonavides (PT-RN), que também inclui o crime de corrupção.
As denúncias foram protocoladas após o presidente, em dezembro de 2021, dizer que demitiu diretores do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) após a instituição interditar uma obra de Hang.
A declaração ocorreu em discurso na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), quando ele também informou que ficou sabendo que um pedaço de azulejo apareceu durante as escavações para a construção de uma loja da Havan.
"Explicaram para mim, ripei todo mundo do Iphan. Botei outro cara lá. O Iphan não dá mais dor de cabeça para a gente", declarou, na ocasião.
