Anestesista que estuprou mulher durante o parto já era réu por erro médico

Flagrado estuprando uma mulher durante o parto dela, o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso desde segunda-feira (11), já era réu em uma processo por "erro médico".

A paciente que acusa ele, mais dois médicos, um hospital particular em Duque de Caxias e um plano de saúde de errarem o seu diagnóstico em 2018 apresentava, pelo segunda dia consecutivo, falta de ar, vertigem, delírios e tosse com sangue. O médico, então, teria dito que ela estava com crise de ansiedade e mandou que procurasse um psicólogo.

A mulher teria dito que já estava fazendo uso de medicação e tinha sintomas graves, mas o médico não a encaminhou para nenhum exame. A paciente acabou internada com grave pneumonia que, depois, constatou ser gripe suína. Ela ficou 13 dias em coma e, devido a uma trombose e outras complicações, perdeu parte do movimento das pernas.

Giovanni Quintella Bezerra foi intimado, mas não apresentou defesa no processo. O caso tramita na Justiça do Rio desde 2019 e a paciente é representada pelo escritório Garcia & Poell Advocacia e Consultoria Jurídica. A vítima alega ter sofrido dano moral, psicológico e estético pela negligência dos profissionais de saúde e cobra indenização e pensão vitalícia.