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Animal pré-histórico descoberto no Rio Grande do Sul é capa de revista internacional de Ciência

Fósseis de um lagerpetídeo ilustrou publicação de dezembro de 2020

Por Da Redação
Ás

Animal pré-histórico descoberto no Rio Grande do Sul é capa de revista internacional de Ciência

Foto: Arte/Rodolfo Nogueira

Um animal pré-histórico encontrado na cidade de São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul, estampou a capa da revista científica Nature, em dezembro. O Ixalerpeton Polesinensis, como foi batizado o fóssil, viveu há cerca de 230 milhões de anos, e é tema do artigo "Enigmáticos precursores de dinossauros preenchem lacuna até a origem dos Pterosauros". O animal é objeto de estudo de um grupo internacional de pesquisadores há cerca de dez anos, desde que foi encontrado no sítio Buriol, na cidade gaúcha.

Foi a primeira vez que um Lagerpetídeo foi encontrado no Brasil, um tipo ainda raro de animal pré-histórico. Esses pequenos animais são os antepassados dos Pterossauros, espécie de dinossauros que voavam. E também possuem semelhanças com os antepassados das aves. Segundo Sérgio Cabreira, o Ixalerpeton encontrado tem mais ou menos o mesmo tamanho de um quero-quero. 

Embora estivesse desarticulado, o fóssil do Ixalerpeton estavam completos, diz o professor. "Partes do crânio, as mandíbulas, esqueleto da coluna, dos membros, muitas peças foram encontradas. Isso trouxe novas informações". Com o material completo, o bom estado dos ossos e tecnologias de estudo, como uma ferramenta que possibilita a realização de imagens internas dos fósseis, foi possível aprofundar os conhecimentos no até então pouco conhecido grupo de animais.

O Lagerpetídeo, por exemplo, possui o labirinto ósseo, que fica no ouvido, bastante desenvolvido, o que está ligado à capacidade de voar. O animal encontrado no RS não voava, mas fornece elementos para desvendar as origens dos pássaros.  "[o animal] Tinha um sistema de equilíbrio extremamente complexo, parecido com o sistema de equilíbrio dos Pterossauros, que eram animais voadores. E muito parecido com o labirinto das aves", diz o professor.

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