Antes de deixar o Ministério da Saúde, Pazuello reserva bilhões para vacina
Marcelo Queiroga assume com saldo de R$ 3,8 bi para a compra de imunizantes contra Covid-19
Foto: Agência Brasil
A insatisfação do Congresso culminou na saída do general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde. Na última segunda-feira (15), o então ministro da pasta anunciou a reserva de 7,8 bilhões de reais para a compra de 138 milhões de doses de vacinas das farmacêuticas Pfizer e Janssen, lançada no sistema do Tesouro Nacional. A ação, por sua vez, pavimenta a entrada do quarto titular do Ministério da Saúde durante a pandemia.
Escolhido para assumir a pasta, o cardiologista Marcelo Queiroga encontrará também parte dos gastos destinados às vacinas já comprometida com nova campanha publicitária de 38,6 milhões. Os contratos para a compra das vacinas foram anunciados na segunda (15) por Pazuello, horas antes de Queiroga ser anunciado para o posto, e mesma data em que foi registrada a reserva de dinheiro para pagar as 100 milhões de doses da Pfizer e os 38 milhões de doses da Janssen, ao custo de 56,3 reais cada uma.
Com esses contratos fechados, Queiroga assume com um saldo de R$ 3,8 bilhões para a compra de novas vacinas. Até o momento, apenas 10,2 milhões de brasileiros (menos de 5% da população) receberam pelo menos uma dose da vacina; já são 279 mil mortes causadas pela doença e mais de 11,5 milhões de casos confirmados. O cronograma de entrega das novas vacinas se concentra no segundo semestre e vai até o final de novembro.